Serviço recebe 14 denúncias sobre suspeita de matar companheiros
Foram quatro denúncias recebidas na terça, sete ontem e três hoje, até por volta das 15h.
A desconfiança do envolvimento de Gonçalves na morte de dois de seus ex-maridos e de um companheiro rendeu à advogada o apelido de viúva-negra --tipo de aranha que mata o macho após a cópula.
Mãe de seis filhos, a advogada foi casada quatro vezes. O primeiro marido a morrer assassinado, o securitário Irineu Duque Soares, foi morto a tiros em 1983, no meio da rua, em Magé, ao lado de Heloísa.
Ela foi denunciada pela morte de outro marido, Jorge Ribeiro, assassinado em 92, é a principal suspeita da morte do ex-namorado Wargih Murad e do pedreiro que o acompanhava na ocasião, em 1993; é suspeita ainda de tentar matar o filho de Wargih, Elie Murad, e de mandar matar Luiz Marques da Mota, detetive por ele contratado para investigar a morte do pai.
Heloísa teve ainda como companheiro e pai de alguns dos seus filhos Carlos Pinto da Silva, que também já foi denunciado por ter praticado crimes patrimoniais em concurso com ela. Em uma viagem a Salvador, Silva foi alvejado por disparos de arma de fogo, acompanhado de Heloísa. Ao prestar depoimento, ele apontou a advogada como possível mandante, voltando atrás um tempo depois.
Após a tentativa de homicídio, Elie Murad começou a investigar a vida da ex-namorada do pai. Descobriu que Heloísa já havia sido condenada por falsidade ideológica e bigamia: ele encontrou duas certidões de casamento realizados na mesma época. Um dos maridos, Nicolau Saad, teve vários imóveis de seu patrimônio transferidos para os filhos de Heloísa pouco após sua morte --que aconteceu um ano após o casamento.
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DENÚNCIA
Criado em dezembro de 2008 em parceria com a secretaria de Segurança, o programa Procurados já ajudou a prender 15 acusados. Todas as recompensas oferecidas hoje, somadas, chegam a R$ 100 mil.
As recompensas por denúncias variam entre R$ 1.000 e R$ 2.000, dependendo da periculosidade do acusado.
Segundo o Disque-Denúncia, em alguns casos a recompensa é mais elevada porque há pessoas interessadas em contribuir com o pagamento. É o caso de Heloísa. A família de seu ex-namorado ofereceu mais R$ 9.000 para quem der pistas sobre a mulher, que está foragida.
Em dezembro do ano passado, o órgão pagou R$ 10 mil pela prisão do assaltante de joalheira Wellington Fernandes de Freitas, o Manteiguinha.
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