Para Walace, mudança no staff não deve onerar cofres de VG

O deputado estadual Walace Guimarães (PDMB), único representante de Várzea Grande na Assembleia, não encara como um prejuízo à cidade o troca-troca de secretários na administração municipal desde que o prefeito Murilo Domingos e seu vice Tião da Zaeli, ambos do PR, foram afastados pela Câmara, no início de março. "O que não dá é trabalhar com um secretário que não é da sua confiança", ressalta.

Esta semana o secretariado passou por mais uma série de reformulações, quando Tião voltou ao cargo de prefeito depois de conseguir uma liminar anulando os efeitos do afastamento proposto pela Câmara. O republicano pretende substituir ao menos seis secretários nomeados pelo então prefeito interino João Madureira (PSC), presidente do Legislativo. O problema é que pela segunda vez o município terá que arcar com as despesas de exoneração, já que Madureira também havia demitido boa parte dos secretários nomeados por Murilo.

Para Walace, os valores a serem pagos não devem ser encarados como fator principal. "O gasto é mínimo neste aspecto, porque vai trocar um secretário pelo outro. O que mais pesa são os encargos, mas no contexto geral da cidade isso não é tão importante", pondera. O parlamentar lembra ainda que durante os períodos em que Murilo se licenciou, Tião reclamou diversas vezes de ter liberdade para agir, supostamente "barrado" pelo secretariado. "Todos sabem que é um conjunto de pessoas que administra uma cidade, não é tarefa exclusiva do prefeito", pontua.

De acordo com o presidente da OAB em Mato Grosso, Cláudio Stábile, mesmo que o prefeito esteja no cargo provisóriamente, não há nenhuma legislação que limite suas ações. "O prefeito tem direito de adotar todas as medidas que achar necessárias", afirma. Ele pondera, entrentanto, que as ações devem passar pelo crivo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), responsável por fiscalizar possíveis gastos abusivos.