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Sexta - 29 de Abril de 2011 às 14:22
Por: Paulo Carvalho

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Extra / Cléber Júnior
Phillipe Gomes de Souza diz ter sido agredido pelo segurança do metrô em 2010
Phillipe Gomes de Souza diz ter sido agredido pelo segurança do metrô em 2010

As agressões cometidas por um dos três agentes de segurança da Metrô Rio, ocorridas na estação de Botafogo, na noite de terça-feira, não foram as primeiras em sua ficha criminal. Humberto Flávio Mesquita da Silva, um dos agentes afastados pela concessionária, responde a outros dois inquéritos na polícia por lesão corporal. Em um terceiro inquérito ele aparece como testemunha da prisão de um cliente, acusado de danos ao patrimônio. No registro de ocorrência, entretanto, o homem detido relata que perdeu a cabeça depois de ter sido agredido por Humberto. Curiosamente os desvios de conduta do agente de segurança começaram a acontecer em 2008. Mesmo assim a empresa o manteve até hoje no cargo.

O caso mais grave aconteceu em 27 de setembro do ano passado. O estudante de Direito Phillipe Gomes de Souza, sofre de retinocoroitide cicatrizada, um problema que o deixa apenas com 20% de sua visão total. No depoimento prestado na 18 DP (Praça da Bandeira), o estudante conta que pegou o metrô na estação da Uruguaiana e, ao entrar em um dos vagões, percebeu que o ar condicionado não estava funcionando. Phillipe repetiu o procedimento outras duas vezes até entrar no vagão destinado às mulheres, com o consentimento de agentes de segurança que estavam no local.

 

 

Ao chegar na estação de São Cristóvão ele foi questionado por um agente sobre o fato de estar viajando em um vagão destinado às mulheres. Logo em seguida apareceu Humberto perguntando se ele não sabia ler e o xingando de “advogado de merda”. Phillipe contou que foi retirado à força de dentro do vagão por Humberto.

A primeira acusação de agressão contra Humberto aconteceu no dia 3 de julho de 2008, na estação Praça Onze. Rafael Amorim Poeta contou em depoimento na 6ª DP (Cidade Nova), que foi abordado de forma agressiva por estar em uma área destinada à deficientes físicos. Ele afirmou que não tinha conhecimento de que não deveria estar naquele local. Rafael relata então que foi algemado pelo agente e levado para a sala da supervisão, a exemplo do que foi feito na noite de terça-feira com o jardineiro Gabriel Gonçalves. Humberto foi ouvido no inquérito e alegou que abordou o cliente de maneira educada.

Em novembro daquele ano, Humberto é citado em outra ocorrência. Dessa vez ele conduziu à 24ª DP (Piedade) Jorge Luiz de Oliveira. O passageiro entrou na estação de Engenho da Rainha com um antigo crachá do metrô de quando ainda trabalhava como prestador de serviços de uma empresa de limpeza. Indignado por ter sido obrigado a pagar o bilhete, ele admitiu no depoimento que começou a ficar transtornado. Ele acusa então Humberto de ter lhe dado uma gravata e lhe jogado ao chão, quando acabou machucando o queixo. Entre as estações de Colégio e Irajá ele quebrou um dos vidros da porta.

A Metrô Rio disse que só falaria sobre os casos nesta sexta-feira.






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