Henry vence queda-de-braço e lança 2º edital para contratar OSS em MT

Parece que os profissionais da Saúde que são contra o modelo de gestão proposto pelo secretário Pedro Henry vão ter que engolir a medida. Após uma série de discussões, ele vem conseguindo dar seguimento a seu projeto sem empecilhos. Nesta quarta (27) assinou o contrato com o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas), que vai gerenciar e operacionalizar os serviços no Hospital Metropolitano de Várzea Grande e, no dia seguinte, publicou o edital de chamamento para que uma Organização Social de Saúde (OSS) assuma o Hospital Regional de Rondonópolis Irmã Elza Giovanella.

Desde que anunciou sua ideia, Henry tem sido alvo de críticas por parte de profissionais da área e outros parlamentares, mas o fato é que ninguém conseguiu frear o secretário. A Justiça chegou a barrar o primeiro edital para a contratação da OSS, mas ele conseguiu reverter a situação e abriu os envelopes, que credenciaram o Ipas uma semana depois.

Diante do descontentamento de parte da sociedade, a Assembleia convocou, em 17 de março, uma audiência pública em conjunto com as Câmaras de Cuiabá e Várzea Grande. O evento foi marcado por tumulto e ainda dividiu os Legislativos municipal e estadual. Os deputados, que não tiveram problemas para aprovar a lei que permitia a implantação da proposta de Henry, foram duramente criticado pelos vereadores, que queriam ampliar o debate.

A audiência foi encerrada sem solução, inclusive, com a morte de um dos participantes, e foi remarcada. No entanto, na semana do novo evento, os deputados decidiram transformar o que seria uma audiência pública numa reunião a portas fechadas entre parlamentares e o representante de uma OSS que atua em São Paulo e Minas Gerais, deixando os profissionais do setor sem poder de voz para uma nova manifestação.

Assim, a secretaria de Estado de Saúde (SES) deve realizar, no próximo dia 20, a abertura dos evelopes das entidades interessadas na operacionalização dos serviços do Hospital Regional de Rondonópolis. O terceiro maior município do Estado é pólo da região Sul e enfrenta crise no setor. As OSSs interessadas em assumir esse desafio devem entregar os documentos na Central de Aquisições da SES até as 17hs de 19 de maio.

     Metropolitano

O contrato firmado com o Ipas tem valor global de cerca de R$ 31,3 milhões mensais. A entidade deverá ser referência em cirurgias gerais, serviços de traumatologia e ortopedia e deve realizar cerca de 500 cirurgias por mês, incluindo atendimento ambulatorial, serviços de apoio diagnóstico terapêutico e atendimento de urgência e emergência.

O planejamento da SES é que nos próximos meses também passem a ser gerenciados e operacionalizados por OSS os hospitais regionais de Cáceres, Sorriso e Colíder, mas o modelo de gestão deve ser estendido a pelo menos 20 hospitais que poderão ser estadualizados.