O ataúde permanecerá no local até sábado, quando será levado ao Altar da Confissão da Basílica de São Pedro, para que os fiéis possam venerá-lo uma vez beatificado pelo papa Bento XVI.
Fiel passa diante de imenso retrato do Papa João Paulo II na Cracóvia, Polônia, na quinta (28) (Foto: Bela Szandelszky / AP)
O caixão foi retirado poucos minutos depois das 9h da hora local (4h de Brasília).
A cripta da Basílica de São Pedro permanecerá fechada ao público a partir desta sexta-feira hoje até o começo da tarde do dia 1º de maio.
O caixão com o corpo de João Paulo II, que morreu no dia 2 de abril de 2005 aos quase 85 anos (que os completaria em 20 de maio) não será aberto, nem o cadáver exumado, devido ao curto espaço de tempo desde seu falecimento.
Uma vez que Bento XVI o tenha proclamado beato, em cerimônia que começará às 9h (3h de Brasília) do dia 1º de maio, o papa e os cardeais com os quais concelebrará a missa irão em procissão desde a Praça de São Pedro até o interior da basílica, onde se prostrarão diante do caixão e rezarão.
Depois, todos os fiéis que desejarem poderão se aproximar até o caixão para prestar homenagem ao papa que comandou a Igreja durante quase 27 anos (1978-2005) e a introduziu no terceiro milênio.
A Basílica de São Pedro ficará aberta enquanto durar o fluxo de fiéis para permitir que as centenas de milhares que são esperadas possam rezar perante o primeiro pontífice polonês da história.
Uma vez concluída as celebrações, o caixão será levado à capela de São Sebastião do templo vaticano, para permitir uma maior afluência de fiéis no futuro.
Esta capela, situada entre a que acolhe a "Piedad", de Miguel Ángel, e a Capela do Santíssimo, foi restaurada, com nova iluminação e som, e guarda atualmente os restos do papa Inocêncio XI (1611-1689).
Os restos de João Paulo II repousam desde o dia 8 de abril de 2005, data do funeral, na cripta da Basílica de São Pedro, na qual foi túmulo do beato papa João XXIII e a poucos metros do túmulo de São Pedro.
Até agora, uma lápide simples de mármore branco jaspeado cobria o túmulo do papa polonês, que se transformou em lugar de peregrinação de fiéis de todo o mundo.
Segundo dados do Vaticano, uma média de 20 mil pessoas a visitavam diariamente.
"Ioannes Pavlvs PP II. 16.X.1978-2.IV.2005" são as únicas letras e números gravadas na laje de mármore, proveniente da famosa montanha de mármore de Carrara, no noroeste italiano.
A laje mede 2,20 metros de comprimento por 1,20 metro de largura e está colocada de modo que os fiéis possam vê-la e ler o escrito com facilidade.
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