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Sexta - 29 de Abril de 2011 às 17:42

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A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Rogério Andrade, na tarde desta sexta-feira (29). De acordo com o TJ, ele é acusado de ser o mandante do assassinato de um sargento dos bombeiros.
Rogério Andrade (Foto: Reprodução/TV Globo)
Rogério Andrade após sofrer atentado que matou
seu filho em 2010 (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Rogério Andrade, na tarde desta sexta-feira (29). De acordo com o TJ, ele é acusado de ser o mandante do assassinato de um sargento dos bombeiros.

O crime ocorreu em novembro de 2010, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O sargento seria chefe de segurança de Rogério na época em que ele sofreu um atentado que acabou matando seu filho, Diego, em abril de 2010.

Em dezembro, a Justiça já havia decretado a prisão de Rogério, pela acusação de exploração ilegal de jogos de azar na Zona Oeste do Rio. Segundo o Tribunal, Andrade e outros acusados se dividiam em três grupos, que lutavam pelo controle da exploração do jogo, e eram liderados por Fernando Miranda de Iggnácio, genro do falecido banqueiro do jogo do bicho Castor de Andrade; Rogério de Andrade, sobrinho do bicheiro; e Paulo César Ferreira do Nascimento, conhecido como ‘Paulo Padilha’.

Atentado sargento (Foto: Reprodução/TV Globo)
Atentado a sargento foi na orla do Recreio dos
Bandeirantes (Foto: Reprodução/TV Globo)

No atentado contra o sargento, pelo menos três homens encostaram ao lado da moto onde ele estava e fizeram os disparos. O sargento morreu na hora, atingido por quatro balas. Os criminosos usavam toucas ninja para esconder os rostos e abandonaram o carro em que estavam, incendiando o veículo, a cerca de 200 metros do local do crime.

Segundo a polícia, o sargento já foi condenado em primeira instância por envolvimento com a máfia de caça-níqueis. Ele também já tinha sido preso administrativamente pelo próprio Corpo de Bombeiros, por infrações disciplinares.

Quem é Rogério Andrade

Rogério Andrade foi acusado e julgado pela morte do seu primo Paulinho Andrade, herdeiro e filho do bicheiro Castor Andrade. O crime ocorreu em 1998, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Após ser condenado a 19 anos de prisão, o julgamento foi anulado. Em julho de 2009, o contraventor foi libertado graças a um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Para a polícia, Rogério é o chefe da máfia dos caça-níqueis. No entanto, ele sempre negou chefiar o grupo e o envolvimento na morte do primo.

Até ser preso e julgado, Rogério passou três anos e três meses foragido da Justiça, período em que as polícias estaduais não conseguiram capturá-lo e em que foi acusado de mais um crime - subornar e pagar a proteção de policiais.

A guerra no jogo do bicho e em outras atividades ilícitas no Rio de Janeiro teria começado com a morte do banqueiro do bicho, Castor de Andrade. O bicheiro teria dividido o espólio entre dois parentes: o sobrinho Rogério Andrade, que cuidaria do jogo do bicho, e Fernando Miranda de Iggnácio, o genro, que ficaria com as máquinas caça-níqueis.

Com a queda do movimento no jogo de bicho, Rogério teria decidido invadir a área de Fernando, dando início à guerra que teria matado dezenas de pessoas.

Um mês depois da prisão de Rogério Andrade, em outubro de 2006, a Polícia Civil prendeu Fernando Iggnácio em um apartamento de luxo, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.





Fonte: Do G1

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