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Nacional
Sábado - 30 de Abril de 2011 às 00:14
Por: Mariana Costa

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O Brasil caminha para o envelhecimento de sua população, com um expressivo aumento do número de idosos e queda na quantidade de crianças e jovens até 25 anos, revelou a Sinopse do Censo 2010, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O percentual de idosos (acima de 65 anos) subiu de 4,8% em 1991, para 5,9% em 2000 e finalmente 7,4% em 2010. Simultaneamente, a proporção de brasileiros entre 0 e 14 anos despencou de 34,7% há 20 anos para 24,1% no ano passado.

Para o IBGE, a combinação entre o aumento da expectativa de vida e uma redução drástica da mortalidade infantil explicam o fenômeno, que também se relaciona a outra tendência: os brasileiros estão tendo menos filhos e cada vez mais tarde, como explica o presidente do instituto, Eduardo Pereira Nunes.

- Combinado com uma população que vive mais e ao mesmo tempo crianças que morrem menos, temos padrões reprodutivos que mudaram muito. O advento da pílula e outros métodos reprodutivos, aumento da urbanização e a complexidade da sociedade brasileira faz com que as famílias decidam deixar o primeiro filho para um período mais tardio.


Assim, o número de filhos hoje é, em média, é muito menor do que nas gerações anteriores, o que para o IBGE reflete um número cada vez maior de domicílios onde vivem uma ou duas pessoas. Hoje, a taxa de fecundidade média para as mulheres é de 1,88, segundo os dados da última Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios).

País terá 250 milhões de habitantes

 

A projeção do IBGE, segundo Nunes, é que nos próximos 50 anos a população brasileira vá atingir 250 milhões de habitantes para então iniciar um período de queda no ritmo de crescimento, desde que a taxa de fecundidade e de mortalidade ficarem no mesmo padrão, e “se o padrão de migração também não se alterar, tanto de brasileiros saindo do país quanto de estrangeiros chegando ao Brasil".

O Sul é a única região do país que já apresenta esse fenômeno, especialmente o Rio Grande do Sul, que tem registrado um ritmo de crescimento muito pequeno, próximo à estabilidade, tanto no interior quanto na capital. Em dez anos, a população gaúcha cresceu apenas 0,49%. Já a população de Amapá e Roraima, na região norte, cresceram 3,45% e 3,34%, respectivamente.

Em 1960, a pirâmide etária da população brasileira era “quase idêntica” à do continente africano em 2005, com uma larga base de crianças e jovens e um cume estreito com o número de idosos.

Daqui a quarenta anos, a expectativa é que o país tenha um perfil semelhante ao da França, em que a pirâmide não se configura da mesma forma, com níveis muito próximos entre a população jovem e a de velhos.





Fonte: Do R7

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