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Economia
Sábado - 30 de Abril de 2011 às 08:57

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Os motoristas de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, estão assustados com o preço da gasolina. O litro do combustível passou dos R$ 3,20. Até a semana passada o preço médio da gasolina no município era de R$ 2,95 e, com o aumento, o preço médio agora é de R$ 3,24 o que representa um aumento de mais de 10%.

De acordo com o economista Leandro Pessoa Lucena, a alta é um reflexo de aumento do preço do álcool. "O combustível é vendido para os postos em média por R$ 1 o litro e tem um custo de logística que é o transporte até as bombas. E, em média, é cobrado R$ 1 de imposto, que se divide entre Cofins e ICMS", explica o economista.

O preço é ruim para quem depende do combustível para trabalhar, como os mototaxistas. De acordo com o sindicato da categoria, cada moto consumia em média R$ 450 por mês de gasolina e, com o reajuste, cada profissional terá que desembolsar R$ 45 a mais. "Isso representaria de 7 a 8 motos que a categoria vai deixar de comprar por causa do aumento da gasolina", disse Mário Sérgio Gonçalves, presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Rondonópolis. Ele garante que o custo não vai ser repassado para o consumidor.

O empresário Roberto Bezerra é dono de um posto de gasolina da cidade e justifica o aumento. Segundo ele, Mato Grosso paga imposto muito caro e, por isso, o preço é alto. "Em Mato Grosso do Sul e em Goiás o ICMS da gasolina é 17%, enquanto nós pagamos aqui 25%. O óleo diesel nós pagamos 17% e eles pagam 12%. Além disso, o estado é um pouco mais longe e a questão do frete também é mais caro",explica o empresário.

Tendência de aumento
Os consumidores devem ficar atentos, pois a tendência é só aumentar. "O Brasil é o principal centro exportador de açúcar do mundo. Então, tende a produzir mais açúcar e a produzir menos álcool", afirmou Leandro Lucena.

Nesta quinta-feira(28), a presidente Dilma Roussef assinou uma medida provisória que reduz em dois pontos percentuais a quantidade mínima de álcool anidro na gasolina. Atualmente, a quantidade de álcool anidro na gasolina pode variar de 20% a 25%. A MP amplia essa faixa: agora a mistura pode ir de 18% a 25%.

Outra alteração prevista na medida provisória é a mudança na classificação do etanol, que passa de produto agrícola para combustível. Com isso, o setor passa a ser regulado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Isto significa que o governo terá mais poder de fiscalização sobre a produção e venda do etanol.





Fonte: Do G1 MT

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