As reservas ambientais de Mato Grosso estão avaliadas em R$ 65 bilhões
Reservas de Mato Grosso são avaliadas em R$ 65 bilhões
O chamado ativo ambiental foi calculado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) considerando um custo médio de R$ 1,758 mil por hectare preservado.
Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que estabelecer um preço pela preservação das áreas mostra a atenção dada pelo produtor à questão ambiental. Conforme ele, o custo do ativo ambiental no Estado é 13 vezes maior do que o Valor Bruto da Produção (VBP) da bovinocultura de corte em 2010, de R$ 4,9 bilhões.
Por exemplo, para abater mil animais por dia, considerando 1 milhão de hectares disponíveis para pastagem e mais 1 milhão para a reserva legal a um custo de R$ 1,570 mil por hectare, o ativo ambiental estaria avaliado em R$ 1 bilhão. Ressalta que 64% da área mato-grossenses está preservada.
Já o presidente do Instituto Centro de Vida (ICV), Sérgio Guimarães, comenta que a constatação do passivo ambiental supera o volume de áreas preservadas. Ele conta que é preciso levar em conta o total de reserva legal existente em cada propriedade e não generalizar. De acordo com ele, em Mato Grosso existem mais propriedades que não possuem Áreas de Preservação Ambiental (APPs) que unidades que reservaram área de floresta.
Os dados do Imea mostram que 28,62% (ou 25,8 milhões de hectares) da área são destinados à pastagem. A área para agricultura toma 7,38% do território, com 6,6 milhões de hectares. Já as áreas remanescentes de floresta totalizam 42,78% ou 38,5 milhões de hectares. Ainda na distribuição territorial de Mato Grosso são 6,17% (5,5 milhões/ha) de unidades de conservação e 15,04% (13,5 milhões/ha) em terras indígenas.
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