Juiz arquiva ação de professor contra alunos da UnB
O juiz da primeira instância Álvaro Chan Jorge afirmou que o "meio universitário deve ser usado também para questionamentos de ideias e atitudes, incluindo-se ai os métodos de ensino utilizados pelo mestre" e julgou a ação improcedente. Ele também não aceitou o recurso dos alunos Mariana Bomtempo, Luiz Eduardo Araujo e Lívia Silva Brandão para processar o professor por terem se sentido ofendidos com a ação.
O professor da cadeira de arquitetura, Neander Furtado, pediu indenização de R$ 20 mil, valor que compensaria sua "dor íntima", provocada pelo fato de os alunos terem manifestado sua contrariedade com relação ao método de ensino por meio de protesto.
Os alunos empilharam cadeiras na sala de aula e colocaram cartazes na parede com letras de música de Chico Buarque e Tom Zé. "Eu estava usando métodos modernos, mas muitos preferiram continuar fazendo projetos com lápis e papel", afirmou o professor ao portal da UnB. Ele ministra a disciplina de Projetos. O professor não foi encontrado pela reportagem. Ainda cabe recurso da decisão.
O advogado dos estudantes, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que "foi uma vitória da democracia, da liberdade de expressão e da livre manifestação do pensamento".
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