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Política
Terça - 03 de Maio de 2011 às 00:16

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PSDB e DEM participaram nesta segunda-feira de um ato de demonstração de união entre os dois partidos, abalada nos últimos meses pela criação do PSD, legenda comandada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que tem atraído políticos dos dois partidos.

Lideranças do DEM compareceram em peso ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para a posse do deputado federal Rodrigo Garcia (DEM) na Secretaria de Desenvolvimento Social do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Este é um ato político de reafirmação de um casamento partidário, disse José Agripino Neto (DEM-RN), resumindo o espírito do evento, que teve a participação de centenas de políticos e lotou a hall central do Bandeirantes.

O Brasil precisa de oposição, arrematou Agripino, como uma resposta à redução do número de parlamentares oposicionistas no Congresso na atual legislatura.

Alckmin aproveitou a presença do ex-vice-presidente Marco Maciel (DEM) para relembrar a aliança com o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Esta é uma aliança natural no Brasil. Temos um pensamento comum para o país e exercemos uma oposição fiscalizadora, disse o governador, para quem na eleição municipal do ano que vem respeitando as singularidades de cada município procuraremos caminhar juntos.

Antes dele, Agripino já pregava no evento sobre as próximas eleições: Onde o PSDB for mais forte o DEM vai apoiar e queria que onde o DEM fosse mais forte o PSDB apoiasse.

O ato soou como uma resposta às declarações da semana passada, quando Alckmin e Fernando Henrique admitiram o debate sobre a fusão entre PSDB, DEM e PPS. Nesta tarde, líderes democratas e o próprio Alckmin negaram que o assunto estivesse em discussão.

São caminhos diferentes, não é o mesmo partido. O caminho neste momento é o de uma boa e forte aliança, declarou o governador. Para Rodrigo Garcia, a fusão não está em pauta.

Depois de perder Kassab e o vice-governador paulista Guilherme Afif Domingos, o DEM teve mais uma baixa na noite de domingo, com o anúncio do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, em direção ao PSD. A legenda já atraiu mais de 30 deputados e cinco vices-governadores, de várias siglas.

Segundo o líder da bancada do DEM na Câmara dos Deputados, ACM Neto (BA), o partido já esperava a saída do governador por ele pertencer ao grupo do ex-presidente do partido Jorge Bornhausen, também de Santa Catarina, que ajudou Kassab a criar o PSD.

O DEM é maior que um Estado apenas, não é a saída dele (Colombo) que vai definir o futuro do Democratas, disse ACM Neto.

Com a saída de Colombo, restou ao DEM apenas o governo do Rio Grande do Norte, com Rosalva Ciarlini.

No governo de São Paulo, Alckmin retirou a secretaria do Desenvolvimento Econômico de Guilherme Afif e o substituiu pelo deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que até agora ocupava a pasta do Desenvolvimento Social.

No PSDB, seis dos 13 vereadores tucanos de São Paulo deixaram a legenda, inclusive um dos fundadores do partido, Walter Feldman, que ainda não anunciaram seu destino político.

A disputa entre os dois grupos de tucanos vem desde 2008, quando Feldman e os vereadores apoiaram Kassab para a prefeitura de São Paulo e não seguiram a candidatura de Alckmin.

Na última sexta-feira, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afastou a possibilidade de crise na legenda, saiu em defesa de Alckmin e atacou o PSD de Kassab, acusando a nova legenda de praticar ética discutível e adesismo.

(Reportagem de Carmen Munari)
 





Fonte: Reuters

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