Ao primeiro sinal do incômodo a criança deve ser examinada por um especialista para que seja descartada
Dor do crescimento não deixa sequelas
Pouco conhecida pela população em geral e polêmica entre os especialistas, a dor do crescimento é real. Pais que tem filhos com o problema sabem disso e, muitas vezes, desconhecem como amenizar o sofrimento das crianças. O chefe do Centro de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Pedro Henrique Mendes, diz que as dores aparecem entre os 4 e 10 anos, e apesar de cessarem depois disso, é importante fazer uma avaliação médica para a definição do diagnóstico, descartando outras doenças com sintomas similares às dores do crescimento.
A dor aparece geralmente no final da tarde e durante a noite, sem uma causa determinada. Acomete, em geral, os ossos longos das pernas (na tíbia ou no fêmur). Não causa vermelhidão nem marcas físicas. Se, no dia seguinte, a criança for a um pediatra, não haverá vestígio do problema, nem ósseo nem muscular. “Os exames vão servir para identificar se a criança sofre de doenças reumatológicas, hematológicas e até mesmo endocrinológicas, que também podem causar dores nos membros”, esclarece.
Muitos especialistas relacionam a dor noturna a uma possível fadiga muscular decorrente de atividades realizadas durante o dia. No entanto, não é motivo para que a garotada fique parada. “Pelo contrário, as crianças devem ser estimuladas a brincar, correr, a praticar esportes, atividades normais da idade, necessárias para o desenvolvimento físico e psíquico delas”, ressalta Mendes.
Justamente por não ter uma origem conhecida, as dores do crescimento, não apresentam "uma cura". Mas é possível amenizar o quadro com a realização de compressas quentes, massagens locais e alongamentos bem orientados. De acordo com o especialista, a intensidade da dor varia de paciente para paciente, e por isso, é fundamental saber como acalmar a criança para que não fique desanimada pela manhã.
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