A Polícia Civil de Mato Grosso desencadeou nesta terça-feira uma operação contra o tráfico de drogas que pretende cumprir 17 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão e seis municípios da região médio-norte. Até a tarde de hoje, 15 suspeitos de integrar uma quadrilha haviam sido presos, sendo que três já estavam presos por força de outros mandados. Um dos suspeitos, no entanto, foi morto em março.
Segundo a polícia, o grupo movimentava cerca de 6 kg de cocaína por semana, trazidos da fronteira para abastecer traficantes em Diamantino e Nobres. A investigação, que durou nove meses, apontou que eles adicionam componentes para "batizar" a droga e fazê-la render até 18 kg - com 1 kg da droga, são feitas cerca de 4 mil trouxinhas para venda.
Nas cidades de Diamantino e Cáceres, os policiais apreenderam cinco veículos adquiridos supostamente com o dinheiro do tráfico. Em Alto Paraguai, foram apreendidos 700 g de maconha.
Conforme a investigação, o grupo usava bares e sorveterias de fachada como pontos de venda de drogas e casas de prostituição. Em março, nove bares foram interditados com autorização judicial.
A quadrilha
Foram presos os responsáveis pelo abastecimento de drogas: Meirivaldo Ferreira de Oliveira, o Vado, que cumpre pena de 15 anos de reclusão por tráfico e comandaria o esquema de dentro da Cadeia Pública de Nobres; e Cassiano Lima de Camargo, o Cara de Arraia, que tinha duas sorveterias de fachada.
Em Nobre, também foram presos a mulher de Oliveira, Mariângela da Silva Moreira - apontada como responsável pela movimentação financeira, recebimento e armazenamento do estoque da droga -, Rogério Romera, o Pintado - responsável pelo gerenciamento da distribuição -, Leônidas Corrêa da Silva, o Nenê - responsável por revender a droga no município -, e Lourivaldo da Silva Santos, o Vadinho - que comprava droga para venda no varejo.
Em Diamantino, foram presos a mulher de Camargo, Alessandra Antônia Vieira - que auxiliava na administração financeira da quadrilha e na lavagem de dinheiro -, Maurício dos Santos, Juscivaldo Ferreira e Cleber Antunes de Matos - que compravam a droga para revender no varejo. Em Alto Paraguai foi preso André Avelino Barbosa, o Andrezinho, que administrava uma das sorveterias de Camargo.
Também foram presos Maria Aparecida de Lima e Antonio Querobino Filho, mãe e padrasto de Camargo, e Cleiton de Lima Querobino, irmão do traficante. Segundo a polícia, eles eram responsáveis pela movimentação financeira da quadrilha. Também foi preso Marcos da Silva Canette, apontado como responsável pela compra e revenda em Cuiabá.
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