A Honda anunciou nesta terça-feira (3) a convocação de mais 833 mil veículos para verificação do sistema de airbag (na primeira versão desta reportagem havia a informação de que eram 883 mil). Trata-se do complemento de um recall anunciado em 2008 e que já havia sido expandido em fevereiro e em setembro do ano passado, totalizando quase 1 milhão de unidades até agora.
O G1 procurou a Honda que, por meio de sua assessoria, respondeu que até o momento não há informações de que a nova convocação inclua veículos vendidos no Brasil.
O motivo do megarecall é o risco de forte explosão do airbag do motorista, que pode lançar peças de metal e causar graves ferimentos. Em 2010, a montadora japonesa informou que havia registrado ocorrências, incluindo a morte de um motorista e outros seis feridos, mas não em carros que haviam passado por recall.
Entre os 833 mil veículos chamados nesta terça estão unidades feitas de 2001 a 2002 do Accord, de 2001 a 2003 do Civic, de 2002 do Odyssey, de 2002 a 2003 do CR-V, de 2002 a 2003 do Acura 3.2 TL e de 2003 do Acura 3.2 CL. Desses, há risco em apenas 2.430 unidades, que são as que tiveram o airbag reposto após algum acidente. Esses dispositivos de reposição teriam o risco de explosão. Como não conseguiu detectar em quais veículos eles foram instalados, a Honda decidiu fazer um recall mais amplo, com as 833 mil unidades.
Os donos desses carros serão avisados por carta neste mês. A Honda alerta que, se um proprietário convocado tiver certeza de que o airbag de seu veículo nunca foi substituído, ele poderá somente notificar a montadora. Caso contrário, o carro deverá passar pela inspeção.
Em 2008, o mesmo defeito motivou a Honda a convocar 3.940 unidades de Accord e Civic fabricadas entre 2001 e 2002 e, em 2010, incluir outras 880.769 unidades de Accord, Civic, Odyssey e CR-V fabricadas em 2001 e 2002, além de Acura TL feitos em 2002. Na época, a montadora foi questionada pelo departamento que regulamenta o trânsito nos Estados Unidos, o National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), pela demora em fazer o recall.
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