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Política
Quarta - 04 de Maio de 2011 às 08:55
Por: Alline Marques

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O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), decidiu demitir os envolvidos no esquema de venda de vagas na fila de cirurgias ortopédicas no pronto-socorro. Os médicos, acusados de participar da quadrilha denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE), foram afastados até que a Corregedoria do Município determine a responsabilidade dos acusados.

O diretor-geral do pronto-socorro Jair Marra e a gerente de internação, transferência e alta do hospital, Mariana Penha Rosa, foram exonerados e responderão pelo crime de prevaricação, pois foram omissos diante das suspeitas do esquema realizado no hospital. 

O promotor do Gaeco Arnaldo Justino da Silva, responsável  pela investigação, informou que a diretoria do hospital tinha conhecimento do esquema, mas nada fazia. Inclusive algumas denúncias chegaram até o diretor-geral Jair Marra, denunciado pelo crime de prevaricação, mas sequer um procedimento administrativo foi aberto contra os envolvidos.

A decisão do prefeito foi tomada no final da tarde de terça-feira (3), após se reunir com o secretariado no Palácio Alencastro. “Exijo ética profissional”, afirmou o prefeito. Galindo disse ainda que não admitirá este tipo de conduta por parte dos servidores.
“Temos que pensar no sofrimento dos pacientes e não admito que haja privilégios ou negociações desta natureza num hospital público. Estamos tratando de seres humanos”, advertiu o prefeito.

Seis servidores do hospital, dentre eles, gesseiros e médicos ortopedistas foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por cobrarem propina de pacientes na fila de espera por cirurgias. Os valores variavam de R$ 300 a R$ 1500, quando era para realizar o procedimento pelo Sistema Único da Saúde (SUS), porém, muitas vezes o pagamento chegava a R$ 3 mil para realizar a cirurgia em hospital particular.

A conduta antiética dos médicos denunciados – Murilo de Sant’ana Barros e Marcos Benedito Corrêa Gabriel – fere o artigo do Código de Ética dos médicos. O promotor encaminhou a denúncia para o Conselho Regional de Medicina (CRM). Além dos dois médicos, o MPE ofereceu denúncia contra os gesseiros Josué Pinto da Silva, 38, Wlamir Benedito Soares, vulgo Paulinho, o instrumentador cirúrgico Jairo CAlamir da Cruz e o técnico em ortopedia, Dioge Farias Sodré, também tinham participação no esquema.

Segundo orientação expressa de Galindo, a Corregedoria instaurou procedimento investigatório, mas preventivamente, todos os envolvidos estão afastados de suas funções. O prefeito também criou uma comissão para acompanhar a gestão administrativa do pronto-socorro.

Em nota, Galindo determinou também eficiência e austeridade na condução dos trabalhos da unidade hospitalar. Para tanto, nomeou os secretários Antônio Pires, da Saúde, e Lamartine Godoy, de Governo, para liderarem os trabalhos.





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