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Política
Quarta - 04 de Maio de 2011 às 12:40
Por: Robson Bonin

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados deve receber nesta quarta-feira (4) cópia do laudo da perícia feita pela Polícia Federal no vídeo em que a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) aparece, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo do mensalão do DEM de Brasília. Em nove páginas, a análise dos agentes federais confirma a autenticidade da gravação ao afirmar que “não houve edição” nas imagens.

A perícia no vídeo de 2 minutos e 50 segundos foi solicitada pela Procuradoria Geral da República ao relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, no dia 10 de março. A divulgação da gravação pela imprensa foi o que motivou a abertura de investigação no Supremo e a instauração de processo de cassação do mandato de Jaqueline Roriz no Conselho de Ética da Câmara.

Ao G1, a assessoria da parlamentar afirmou que a deputada nunca questionou a autenticidade das imagens e disse que a perícia foi solicitada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e que a deputada não teria o que comentar sobre o documento.

Desde que o escândalo estourou, a própria deputada do PMN admitiu ter recebido dinheiro de Durval Barbosa em “três ou quatro oportunidades”. O dinheiro, segundo Jaqueline Roriz, teria sido utilizado para custear a campanha eleitoral de 2006, quando ela se elegeu deputada distrital. Os recursos não teriam sido informados na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral.

Além de confirmar a autenticidade das imagens, a PF faz a degravação dos diálogos do encontro entre Jaqueline, o marido Manoel Neto e Durval. O documento vai subsidiar o trabalho do relator do processo de cassação no colegiado, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PDT-BA), convocou reunião do colegiado para a tarde desta quarta, na qual o relator deve apresentar detalhes dos procedimentos que ainda serão adotados no decorrer das investigações. O conselho esperava colher o depoimento de Durval Barbosa, mas o pivô do escândalo acabou desistindo de falar ao conselho diante de supostas ameaças de hostilidade por parte dos integrantes do colegiado.
 






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