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Cidades
Quinta - 05 de Maio de 2011 às 10:17

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Uma vistoria feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nas rodovias de Mato Grosso mostrou que muitas delas, com menos de cinco anos de uso já apresentam problemas graves de estrutura.

Ao todo, 27 rodovias foram fiscalizadas e todas elas apresentaram problemas. Na MT-010, que liga Cuiabá ao município de Rosário Oeste, foram detectados dez defeitos a cada quilômetro.

De acordo com Arnaldo Alves de Souza, secretário de Transporte e Pavimentação Urbana, é feito um acompanhamento em todas as obras licitadas pelo governo. “Nós trabalhamos com os nossos fiscais e também tem uma equipe que a gente contrata e que faz toda a supervisão da obra”.

Outro exemplo de problemas na estrutura da rodovia é o que acontece na obra da MT-040 que liga Santo Antônio de Leverger a Barão de Melgaço, a 121 quilômetros de Cuiabá. Em alguns trechos a obra de pavimentação que custou R$ 2 milhões já apresenta longas rachaduras e buracos na pista.

Adriana Preza, é umas técnicas do Tribunal de Contas do Estado que fez as vistorias e conta que o valor pago pelo estado a cada quilômetro é alto. “Nessas rodovias que o TCE tem feito auditorias, o quilômetros médio tem saído por R$ 500 mil. Com exceção de obras específicas no pantanal onde as obras chegam a um milhão de reais o quilômetro.

Ainda de acordo com a técnica, existem várias possibilidades para os problemas que aparecem muitas vezes antes da obra estar concluída. “Pode ser problema na execução da obra e dos materiais. É um conjunto de coisas, mas nessa fase da obra ela não pode apresentar essa patologia”, afirma.

As rodovias vistoriadas foram construídas há menos de cinco anos portanto ainda estão no prazo de garantia e devem ser reparadas pelas empresas que ganharam as licitações.

O engenheiro André Luiz Souza Ramos, sugere que as empresas façam os reparos necessários sem cobrar a mais por isso. “Deve chamar a empresa contratada para que ela retorne ao trecho e efetue os reparos ou que apresente a comprovação de que a culpa não é dela” pontua.

Segundo o relator do TCE, Luiz Henrique Lima, o contrato da obra deve ser respeitado. “ O contrato foi feito para celebrar a obra inteira e com um padrão de qualidade aceitável. Então se o padrão de qualidade não foi alcançado, não se justifica gastar mais recursos além do previsto” critica.

O secretário de Transporte e Pavimentação Urbana destaca que problemas como esses podem acontecer: “isso faz parte da garantia , isso não tem custo para secretaria ou para o estado. Cada problema que acontece, são problemas de construção, então, são muitas obras, muitos quilômetros de asfalto e vão aparecer problemas”, finaliza.

O G1 entrou em contato com as empreiteiras que realizam obras na MT-040, MT-251 e MT-010, mas nenhum responsável quis se pronunciar.





Fonte: Do G1 MT

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