Dilma e presidente alemão discutem investimentos no Brasil
Apresentei ao presidente Wulff as novas oportunidades. PAC, investimentos em portos e aeroportos, investimentos para a Copa e para as Olimpíadas, e também a expectativa de participação dos investidores e da tecnologia alemã na construção do trem de alta velocidade entre o Rio e São Paulo, disse a presidente.
Em seu discurso, Wulff não citou a questão dos aeroportos, nem o PAC. A única referência à Copa foi uma brincadeira. O presidente alemão disse ter certeza de que a seleção de seu país estará na final da competição, em 2014.
Wulff é o chefe de Estado alemão. A líder política do governo é a chanceler Angela Merkel. O potencial comercial da visita do presidente da Alemanha reside mais na comitiva de 60 empresários alemães que o acompanham do que na sua própria presença no Brasil.
Empresas alemãs já sinalizaram interesse em investir no plano de concessão de aeroportos do Brasil, e de participarem do leilão do trem-bala.
A presidente também conversou com o alemão sobre o combate à inflação no Brasil, cuja previsão está batendo no teto da meta estipulada pela equipe econômica (6,5%). Segundo Dilma, o Brasil está tendo que resistir a pressões inflacionárias que vêm de fora e de dentro do nosso próprio país.
ROUQUIDÃO
Ainda em recuperação de uma pneumonia, a presidente Dilma teve dificuldades de ler os 11 minutos de declaração à imprensa após a reunião reservada com Wulff. No meio do pronunciamento, a presidente, ela buscou um copo dágua no púlpito para aliviar a rouquidão, mas encontrou o copo vazio com uma garrafa dágua fechada ao lado.
Coube ao general José Elito Siqueira, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), abrir a garrafa e servir a presidente.
"O pessoal podia ter feito um favor pra mim", disse a presidente, bem-humorada, cobrando o cerimonial do Palácio.
BOLSAS
Dilma reafirmou o compromisso de criar 75 mil bolsas para estudantes brasileiros fazerem cursos no exterior, e disse contar com a contribuição alemã. Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), a meta é mandar, até o fim do governo Dilma, 10 mil estudantes para cursos em universidades da Alemanha.
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