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Economia
Sexta - 11 de Outubro de 2013 às 18:00

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 O presidente da Siemens no Brasil, Paulo Ricardo Stark, disse nesta quinta-feira, 10, em depoimento na CPI dos Transportes Coletivos da Câmara Municipal de São Paulo, que a empresa está disposta a ressarcir os cofres públicos caso fique comprovada a existência de cartel em licitações do governo paulista para compra de trens.
 
A multinacional alemã firmou em maio com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um acordo de leniência se comprometendo a colaborar com as investigações sobre o cartel.
 
"A Siemens está disposta a discutir acordo para ressarcimento de eventuais danos causados aos cofres públicos no momento em que os indícios apresentados fiquem comprovados pelas autoridades competentes", afirmou Stark, pressionado por vereadores em mais de 4 horas de depoimento.
 
Segundo os vereadores, a empresa fez acordos na Alemanha e nos Estados Unidos e pagou cerca de US$ 1,6 bilhão antes mesmo de ser condenada em casos de corrupção, em 2010.
 
Embora a Siemens tenha apresentado farta documentação sobre o cartel ao Cade, Stark disse nesta quinta que uma investigação interna identificou apenas "indícios" de conluio entre empresas e não constatou nenhum pagamento de propina a autoridades e políticos brasileiros.
 
A Justiça alemã, contudo, concluiu que a Siemens pagou pelo menos 8 milhões, equivalente a R$ 23,5 milhões, a dois representantes de funcionários públicos brasileiros para fraudar licitações.
 
"A Siemens não conseguiu apurar, nas suas investigações internas, nenhuma evidência de pagamento de propina", afirmou Stark. Embora a empresa seja a delatora e esteja colaborando nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, ele afirma que a Siemens "não é ré confessa".





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