A guarda provisória das trigêmeas que foram retiradas dos pais biológicos, após eles expressarem desejo de deixar uma das filhas para a adoção, está com os tios paternos das crianças. O caso ocorreu em Curitiba e tramita em segredo de Justiça. A decisão foi divulgada na quinta-feira (5), através de um despacho do desembargador Ruy Muggiati, que o G1 teve acesso.
As crianças nasceram em janeiro, e foram geradas através de uma inseminação artificial. As suspeitas de que os pais teriam manifestado intenção de entregar uma das crianças para adoção surgiu quando médicos e funcionários da maternidade acionaram o Ministério Público e o Conselho Tutelar, que encaminharam as trigêmeas para um abrigo.
No despacho, consta que o desembargador ampliou o tempo em que os pais poderão visitar as crianças, que estão sendo cuidadas pelos tios. O tempo, que era restrito às quartas-feiras, das 14h às 16h, foi estendido para todos os dias, entre as 7h e 22h. Os pais ainda poderão dormir com as crianças às terças e quintas-feiras, na casa dos responsáveis.
A decisão do desembargador acatou um pedido da defesa dos pais, considerando “excessiva” a medida que limitava as visitas, já que a restrição visava evitar “transtornos desnecessários” ao abrigo em que as crianças estavam antes de serem entregues aos tios.
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