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Economia
Sábado - 07 de Maio de 2011 às 01:14

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O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) anunciou nesta sexta-feira que o governo decidiu aumentar a participação da Petrobras na produção do etanol.

Após uma reunião de mais de mais três horas com a presidente Dilma Rousseff, Lobão disse que a ideia é que a estatal seja responsável pela produção de 12% a 15% do etanol produzido no país nos próximos quatro anos.

Atualmente, a Petrobras responde por 5% de toda a produção do combustível no país.

"Vamos avançar rapidamente para produção de 10%, 12%, 15 % em três, quatro anos. Com isso, a Petrobras se transforma em regulador eficiente do fornecimento e dos preços do etanol", disse o ministro.

O ministro disse ainda que, com a intensificação da safra da cana no centro-sul do Brasil, o preço do etanol --que tem afetado também o valor da gasolina, devido à adição ao combustível de etanol anidro-- tende a se normalizar.

"A partir da próxima semana, a oferta (de etanol) será muito maior e, como consequência, a tendência é uma queda crescente dos preços do etanol."

GASOLINA

Lobão disse ainda que o governo não pensa em tomar medidas para controlar o preço da gasolina, que continuará sendo definido com base na regras de mercado.

"Nós não temos feito alteração no preço dos combustíveis ao sair das refinarias há nove anos. Assim, nós nos manteremos. Não haverá nenhuma alteração nos preços dos combustíveis enquanto o preço internacional do barril [de petróleo] estiver em tornos desses patamares que conhecemos", disse o ministro.

Na semana passada, para tentar conter a alta no preço da gasolina, o governo decidiu alterar o percentual de álcool anidro que é adicionado ao combustível.

Medida provisória estabeleceu o piso mínimo de 18% e o máximo de 25%. A nova regra altera o intervalo de 20% e 25% que vigorou até então. Com a medida, o percentual de etanol na gasolina, que hoje é de 25%, poderá ser reduzido (o governo pode estabelecer o percentual dentro do intervalo).

O texto estabelece ainda que o etanol será tratado como combustível, e não mais como produto agrícola. Dessa forma, o produto passa a ser regulado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Lobão disse que a ANP vai atuar "com mais força para contenção dos abusos que ano a ano acontecem".






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