Indústria de máquinas agrícolas cobra melhores condições de financiamento
A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq, pediu taxas segmentadas de juros para financiar equipamentos de acordo com o perfil dos produtores rurais. A ideia integra a proposta de revitalização do Moderfrota, que os empresários entregaram ao Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, nesta quinta, dia 5, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
O setor propõe uma taxa de 3,5% ao ano para pequenos produtores, 4,5% para médios e 6,5% para os grandes. Atualmente, as taxas do Moderfrota variam entre 7,5% e 9,5%. A intenção, ao pedir a revitalização do programa, é ter uma alternativa ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com extinção prevista para o fim do ano.
— O mais importante de tudo é ter condições melhores de financiamento para os nosss clientes. A nossa proposta vai receber apoio do ministro — prevê o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, Celso Casale.
Engenheiro mecánico de formação, Casale foi reeleito para presidir a Câmara Setorial. A entidade reúne 194 empresas que, juntas, movimentaram R$ 7,4 bi em 2010 e esperam crescer entre 15% e 20% neste ano. Ele avalia que, apesar da maior produtividade no campo, o índice de mecanização da lavoura no Brasil ainda é pequeno.
— É preciso investir em produtividade. E, para aumentar a produtividade, é preciso aumentar o nível de mecanização — pondera.
Além de financiamentos com melhores condições, para estimular o uso de tecnologia no campo, Celso Casale cobra melhorias na competitividade do Brasil, como redução da carga tributária e uma taxa de câmbio mais favorável.
— O fabricante de máquinas também deve ter melhores condições de vender mais produto para poder investir — defende Casale.
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