José Domingos estranha a possível migração de Dilmar para nova sigla

O secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, José Domingos Fraga (DEM), diz receber como estranheza a afirmação do presidente da Assembleia, José Riva (PP), de que o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) integra a lista de políticos que deixarão seus partidos para compor o PSD. "Não acredito que o Dilmar possa sair do Democratas, até porque o irmão dele (Dilceu Dal Bosco) está prestes a ser presidente estadual do partido", ressalta.

O deputado estaria, inclusive, trabalhando nos preparativos da posse do irmão, prevista para ocorrer em agosto. Acontece que o próprio Dilceu afirmou estar avaliando um convite do PSD. Enquanto isso, ele vem tentando postergar a transferência da presidência do comando do partido, que já deveria ter ocorrido no ano passado, quando o atual presidente Oscar Ribeiro se licenciou de suas funções. Dilceu alega, entretanto, que o tempo "extra" seria para ele se dedicar mais a sua provável candidatura à Prefeitura de Sinop.

Dilmar, que foi convidado pelo próprio prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, idealizador da nova legenda, havia adiantado que só trocaria de partido se os irmãos e caciques democratas Júlio e Jayme Campos, deputado federal e senador, respectivamente, também deixassem o DEM. Na última semana, entretanto, o nome dele foi citado por Riva, assim como o dos deputados estaduais Walter Rabelo, Luizinho Magalhães e Airton Português, todos do PP.

José Domingos pondera que Júlio e Jayme teriam garantido, durante uma conversa sobre o assunto, que não pretendem sair da legenda. "Eles foram sondados, até porque são lideranças que fazem parte da história de Mato Grosso, mas tenho convicção que jamais sairão do DEM", enfatiza. O secretário aproveita para garantir que também não fará parte do grupo de desertores.

O nome de José Domingo foi cotado por Kassab, que chegou a pedir a Dilmar um número do telefone para fazer o convite, mas a ligação, de acordo com o secretário, nunca ocorreu. "Mesmo assim eu não iria, em função do compromisso que tenho com meus eleitores e as lideranças do DEM. Me sinto muito bem no partido e prefiro continuar sustentando essas bandeiras", pontua o deputado estadual licenciado.