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Cidades
Segunda - 09 de Maio de 2011 às 08:58
Por: RENÊ DIÓZ

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Geraldo Tavares/DC
No Marechal Rondon, nem funcionários de empresas aéreas atendem em inglês suposto turista; mímica funciona
No Marechal Rondon, nem funcionários de empresas aéreas atendem em inglês suposto turista; mímica funciona
Cuiabá carece de mais que obras de mobilidade e estádio até a Copa do Mundo. Além da estrutura, até hoje a futura subsede fica a desejar para o turista estrangeiro. Com algumas exceções, poucos são os locais em que o inglês é um idioma válido, onde, com segurança, um visitante de longe poderia obter informação segura e bem falada sobre como se virar na capital mato-grossense.

Nas placas, nos ônibus e nos pontos turísticos, o incauto explorador não vai encontrar informações muito úteis no idioma inglês. Se buscar “Cuiabá” no google.com e acessar o site da prefeitura, tampouco. Este turista também pode se deparar com a escassez de pessoal que domine o idioma no aeroporto, nos táxis (ver matéria), em hotéis, demais estabelecimentos comerciais e até nos poucos pontos de informação.

Universais, improviso e mímica os brasileiros dominam bem, mas superar com folga as dificuldades acima é requisito para 2014 e fundamental para o turismo mato-grossense após o Mundial. Passando-se por turista, a reportagem fez uma experiência com funcionários do aeroporto, com o atendimento telefônico de hotéis e no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) da praça Rachid Jaudy (ver matéria) para ilustrar o quanto o setor está facilitando a estadia do visitante. Não parece muito.

AEROPORTO – Apesar do nome, o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, não recebe voos diretos de passageiros de outros países. Talvez por isso a reportagem não conseguiu encontrar mais de um funcionário fluente em inglês entre as três empresas com as quais tentou se comunicar neste idioma.

Isso porque no balcão de informações da Infraero só foi possível comunicação por gestos. Simpática, a atendente logo falou “English” e fez uma negativa com as mãos, mas também não demorou a entender pela mímica que o suposto turista precisava comprar uma passagem e indicou o local. O único funcionário fluente em inglês com quem a reportagem conversou foi um vendedor de uma empresa de passagens que afirmou já ter vivido nos Estados Unidos. Durante a conversa, enquanto buscava no computador informações sobre passagens, ele reconheceu a escassez de pessoal qualificado no terminal.

Depois dele, a reportagem tentou comprar passagens em duas companhias aéreas usando o inglês. No balcão da primeira, a Gol, o atendente, que estava sozinho, simplesmente meneava a cabeça ao ouvir o idioma estranho. Na segunda, a TAM, o funcionário mal escutou que a intenção era comprar uma passagem para São Paulo e chamou uma outra pessoa. A atendente que veio ajudar entendia algumas expressões no idioma, mas não falava e só compreendeu a pergunta por preço de passagem depois que viu as anotações feitas pelo vendedor fluente da outra loja. Por fim, ela não conseguiu responder se a passagem que oferecia era de um voo direto.

HOTÉIS – A dificuldade para se comunicar em inglês é menor com funcionários desses estabelecimentos. A reportagem telefonou para oito dos principais (espalhados pelo Coxipó, Centro, avenidas Fernando Corrêa, Miguel Sutil e do CPA) apresentando-se sempre em inglês e perguntando preços de diárias. Em apenas dois números não foi possível manter uma conversa com o funcionário que atendeu a ligação.

“Portuguese, please”, chegou a repetir o atendente na primeira situação, depois de dizer uma só vez um decorado “Don"t speak English”. Entendendo ou não o pedido da reportagem por alguém que falasse inglês, o funcionário colocou o telefone em modo de espera. Já no segundo caso, a atendente desligou o aparelho após repetir três vezes que não falava inglês. Não se despediu, nem com um “tchau”.






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