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Economia
Segunda - 09 de Maio de 2011 às 09:26
Por: Fabiana Reis

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Subiu para 6 o número de grupos frigoríficos em processo de recuperação judicial em Mato Grosso. Além dos grupos Quatro Marcos, Arantes, Independência, Mata Boi e Frialto, agora é a vez do ForteBoi ter o pedido deferido pela Justiça. Fundada em 1999, a empresa possui uma unidade em Juína com capacidade para abater 200 cabeças por dia, uma indústria de beneficiamento em Sinop e um escritório de comercialização em Rondonópolis. A dívida com os credores, que incluem bancos, pecuaristas e outros fornecedores, está estimada em R$ 9,4 milhões.

 Com a recuperação do ForteBoi, o número de unidades que abatem e beneficiam carne bovina comprometidas no Estado chega a aproximadamente 15, reduzindo a disponibilidade de frigoríficos para os produtores. A crise no setor começou há 3 anos e desde então os produtores participam de uma série de assembleia geral de credores (AGC). As unidades em recuperação estão localizadas em Juína, Sinop, Confreza, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Matupá, Nova Canaã, Tabaporã e Rondonópolis.
 
Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes a situação dos pecuaristas está cada vez mais complicada, já que passam a ter poucas opções para a venda de animais. Para ter mais segurança na comercialização, ele afirma que a recomendação é que o gado seja vendido apenas à vista. "Os criadores não estão tendo mais condições de financiar os frigoríficos. Então a única maneira é vender à vista. Dessa forma as empresas recorrem aos bancos e ficam com as finanças comprometidas".
 
Eduardo Henrique Viana Barros, advogado do ForteBoi, afirma que as dívidas do grupo são recentes, e não chegam a um mês de atraso. Do total dos débitos (R$ 9,4 milhões), os bancos têm a receber R$ 3,893 milhões, os pecuaristas R$ 3,945 milhões. Outros 1,562 milhão estão divididos entre trabalhadores (férias e 13º salário proporcionais) e demais fornecedores. "As dívidas do frigorífico são recentes e antes que elas pudessem aumentar foi pedida a recuperação", explica o advogado ao complementar que a intenção é honrar com todos os pagamentos dentro do prazo.
 
Recuperação - O processo de recuperação judicial de uma empresa ocorre quando, diante de uma dificuldade financeira, ela recorre à Justiça para não fechar as portas. Com o deferimento da solicitação pelo juiz, o solicitante tem um prazo de 60 dias para apresentar o Plano de Recuperação aos credores, que têm mais 30 dias para avaliar a proposta. Ainda a partir da data de aceite do pedido, há um prazo de até 150 dias para marcar a assembleia de credores. A aprovação do plano deve ser feita em até 6 meses, contados da data de deferimento do pedido. "Após a homologação do plano começam os pagamentos. 





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