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Internacional
Terça - 10 de Maio de 2011 às 07:00

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Os Estados Unidos e a União Europeia estão preocupados e disseram estar acompanhando de perto os desdobramentos da morte do dissidente cubano Juan Wilfredo Soto, 46, no último domingo (8).

Estamos cientes das notícias sobre a morte do dissidente cubano Juan Wilfredo Soto após um suposto espancamento realizado pela polícia cubana, explicou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina, Charles Luoma-Overstreet.

Estamos muito preocupados com a morte de Soto e acompanhamos o caso de perto, acrescentou o porta-voz, que estendeu os pêsames do governo americano à família e aos amigos do opositor.

Já a União Europeia disse que acompanha muito atentamente o caso.

O Serviço Europeu de Ação Exterior mantém-se atualizado sobre a morte de Juan Wilfredo Soto. As circunstâncias exatas de sua morte ainda são desconhecidas e estamos seguindo o caso com muita atenção disse a porta-voz do setor, Maja Kocijancic.

O presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, pediu uma investigação independente e condenou a morte do opositor.

OPOSIÇÃO DENUNCIA ASSASSINATO

O opositor cubano morreu neste domingo na cidade de Santa Clara três dias após ser detido e espancado pela polícia, denunciou a dissidência, sem que ainda tenha sido divulgada a versão oficial do ocorrido.

Soto, cuja morte foi atribuída por médicos a uma pancreatite, faleceu durante a madrugada em um hospital de Santa Clara, para onde foi levado pelos agentes na quinta-feira após ser preso em um parque, afirmou o opositor Guillermo Fariñas, que falava em uma funerária desta cidade, 280 km a leste de Havana.

Não há a menor dúvida de que ocorreu uma relação de causa e efeito e que a morte de Soto está relacionada com os golpes que ele recebeu, afirmou o dissidente Elizardo Sánchez, presidente da Comissão Cubana de Direitos Humanos (ilegal).

O governo, que afirma que os opositores são mercenários financiados pelos Estados Unidos com milhões de dólares, ainda não se pronunciou sobre a denúncia.

Segundo Farinãs, Soto, que sofria de vários problemas de saúde, foi "espancado" e "algemado" pela polícia quando se negou a sair do parque central de Santa Clara.

O dissidente, que foi preso em três ocasiões acusado de crimes como divulgação de propaganda inimiga foi levado a uma delegacia de polícia, mas o chefe da unidade, que conhecia seus problemas de saúde, em seguida o enviou ao hospital.

Os médicos disseram que era preciso operá-lo ou não podiam garantir sua vida, e Soto morreu quando já seria operado. Disseram à família que era uma pancreatite, disse Fariñas, sociólogo de 48 anos.

Farinãs considera Soto a primeira vítima do discurso do presidente Raúl Castro no VI Congresso do Partido Comunista (PCC), realizado em abril, quando advertiu que o povo revolucionário não permitiria à oposição tomar praças e ruas.






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