Empresário assedia funcionária e acaba preso em motel
O empresário Marcelo Zocante, do ramo de sistemas de computador para gestão de empresas, foi preso, ontem (9), por volta das 11h30, em Sinop, sob acusação de assédio moral e sexual contra uma funcionária dele. A jovem, que tem 17 anos e é casada, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil.
A vítima informou que há dias vem sofrendo a perseguição do empresário e que, ontem de manhã, ele insistiu várias vezes por telefone para que ela fosse ao motel com ele. Ela sustenta que o empresário chegou a enviar uma mensagem de texto informando qual o motel deveria comparecer, o horário e o número do quarto em que estaria.
De posse da mensagem, a jovem foi até a delegacia. Então policiais foram até o estabelecimento na hora marcada e invadiram o quarto, encontrando o empresário somente de cueca em cima da cama. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc).
O acusado entrou em contato com advogado, que intercedeu por ele. O empresário precisou pagar fiança aproximada de R$ 5.5 mil e ganhou a liberdade no final da tarde. Ele poderá responder judicialmente pela prática de assédio moral e sexual. A jovem disse no depoimento que não denunciou antes com receio de perder o emprego.
OUTRO LADO
A assessoria jurídica do acusado informou que houve uma armação. Segundo as informações, uma cunhada da jovem foi demitida da empresa há alguns meses e isso teria a motivado a “armar” uma vingança. “Isso tudo foi armado por ela. Na sala do Marcelo as divisórias são de vidro e todo mundo pode ver do lado de fora. Em nenhum momento o empresário tentou assédio moral ou sexual”.
Questionada como teria surgido a mensagem de texto marcando o encontro, a assessoria informou que “o telefone da qual foi disparado o texto é corporativo e fica à disposição dos funcionários para assuntos de trabalho”.
O empresário vai acionar a jovem judicialmente. “Ainda estamos analisando as medidas a tomar, mas certamente haverá uma ação judicial para reparação de danos morais”, pontua.
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