Foram 34,1 mil vagas a mais que o acumulado até dezembro de 2009. “O setor de Comércio responde pelo maior número, com 13 mil postos, ou seja, mais 9,10%”, aponta o diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, João Bosco Linhares Nunes, completando que o setor de serviços ficou com 7,9 mil postos e a construção civil com 5,5 mil.
Apesar de o resultado ser menor que o do comércio em relação a 2009, o segmento de construção responde por um incremento significativo, 19,82% a mais, crescendo ao ponto de até mesmo faltar mão-de-obra para o setor. Segundo aponta o CDL Cuiabá, dois fatores que contribuíram para este resultado foram a redução da carga tributária sobre o material e as obras relacionadas ao estímulo proporcionado pela Copa 2014.
Serviços industriais de utilidade pública e extratividade mineral, respectivamente, com acréscimos de 16,65% e 18,37%, também são destaques de crescimento na comparação relativa.
Para Bosco, o aumento em todas as áreas apontadas pelo MTE se refere muito mais à formalização crescente do trabalho do que às vagas abertas. “Há elevação de vagas, pois o país está abrindo mais oportunidades e empresas. Mas há também e muito mais uma conscientização por parte do brasileiro em registrar seus funcionários e, de outro lado, o trabalhador buscando esta formalização para ter acesso a seus direitos”, observa.
Outro destaque é o rendimento real médio do trabalhador mato-grossense, que cresceu 6,11% em relação ao acumulado em dezembro de 2009. O resultado se deve, conforme o CDL, aos aumentos nas remunerações médias percebidas por homens (+5,81%) e mulheres (+6,65%).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, foram criadas em todo o país 2,86 milhões de vagas formais em 2010. O crescimento em relação a 2009 foi de 6,94%.
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