Bolsonaro criticou pontos do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 50 mil panfletos distribuídos.
Os assessores do deputado abordavam quem entrava e saía da estação do metrô em Copacabana, pais de alunos e professores na porta de escolas, e pessoas na entrada de templos evangélicos, além de deixar panfletos nas caixas de correio de condomínios na Zona Sul da cidade.
No panfleto, Bolsonaro criticou o MEC. O principal alvo foi o que o deputado apelidou de “kit gay” - filmes e cartilhas contra a discriminação sexual, que o MEC deve começar a distribuir nas escolas de ensino médio no segundo semestre.
“Esse material dito didático pelo MEC não vai combater a homofobia, ele vai estimular a homofobia lá na base no primeiro grau”, diz Bolsonaro.
A pedagoga Miriam Grinspun afirma que a escola deve debater abertamente o tema da sexualidade. “A escola é para formar, formar o cidadão, aquele homem que é o transformador, o multiplicador. Só posso trabalhar com essas coisas à medida que eu as conheço”.
O presidente do grupo Arco-Íris, entidade de direito dos homossexuais, Júlio Moreira, considera o kit do MEC importante para ajudar o professor a lidar com o preconceito em sala de aula.
“A gente lamenta muito que um deputado federal eleito pelo povo, que deve legislar pelo bem da população, use argumentos tão preconceituosos e usa dinheiro público para fazer materiais que desinformam a população”, afirmou Moreira.
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