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Economia
Quinta - 12 de Maio de 2011 às 10:54

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Apesar da recuperação do comércio de fevereiro para março (alta de 1,2%), o comércio varejista já dá sinais de desaceleração na comparação com 2010, segundo Reinaldo Pereira, economista do IBGE.

De acordo com o técnico do IBGE, a maior parte dos setores já mostra taxas de crescimento menores no primeiro trimestre na comparação com igual período de 2010.

De janeiro a março deste ano, o comércio cresceu 6,9%, abaixo dos 9,6% do quarto trimestre de 2010 frente ao mesmo período de 2009.

As vendas de supermercados, por exemplo, cresceram 2,8% no primeiro trimestre. Nos últimos três meses de 2010, a alta havia sido maior: 6,3%.

O ramo, de maior peso no comércio, sente os efeitos da alta da inflação dos alimentos principalmente, segundo Pereira.

"O comércio ainda cresce no curto prazo, mas já há uma tendência de acomodação quando comparado com 2010."

VEÍCULOS

Outro ramo com forte desaceleração foi o de veículos --que, por vender também no atacado, não entra no índice geral do comércio varejista.

As vendas cresceram 6,4% no primeiro trimestre, abaixo dos 23,8% do último trimestre de 2010. Em março, houve retração de 12,8% ante o mesmo mês de 2010 --quando deixou de vigorar o IPI reduzido e houve uma corrida para a compra de veículos.

Para Pereira, a renda e o emprego em expansão ainda sustentam o desempenho do comércio neste ano. Mas outros fatores, diz, como a inflação mais elevada e o crédito mais restrito podem afetar o desempenho do setor neste ano.

Em março, os preços mais altos dos combustíveis, por exemplo, já fizeram as vendas do setor cair 0,1% na comparação com fevereiro.

A recuperação do comércio de fevereiro (alta de 0,3% ante janeiro) para março (1,2% em relação a fevereiro) mostra, diz, uma "oscilação natural" e uma "compensação" dos índices com ajuste sazonal, que sempre têm uma "tendência de sobe e desce."

O fato de o Carnaval ter caído em março neste ano, avalia Pereira, pode ter até ajudado o comércio, pois a festa fomenta as vendas de ramos como bebidas e outros.

"O comércio não para. Muitos ramos abrem suas lojas no feriado. O impacto maior é na indústria, que paralisa a produção em algumas atividades."






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