A dificuldade em conseguir o doador levou os pais de João a criar uma campanha em parceria com o Hemocentro. Desde fevereiro a família reúne João, amigos e grupos de apoio no combate ao câncer em eventos mensais nos principais pontos da cidade, como parques, praças e shoppings. Além de ajudar meu filho, podemos colaborar com outras milhares de pessoas que passam pela mesma situação, disse a mãe Ana Paula Estevam.
Desde o começo das ações, a estimativa é que a procura dos voluntários para as doações tenha aumentado até 40% na cidade. Um gesto especial do Corpo de Bombeiros ajudou a divulgar o caso do garoto, que sonha ser bombeiro.
Em outubro de 2010, após uma semana de várias sessões de quimioterapia, os bombeiros realizaram um dos desejos do menino. Com uma réplica do uniforme da corporação ele foi resgatado do quarto do Hospital do Câncer de Maringá a bordo da escada da equipe de resgate. Ele ficou muito feliz e emocionado, afirmou várias vezes que queria ser bombeiro quando crescer para salvar a vida de muitas pessoas, contou a mãe.
Ana disse que na última quarta-feira (4) esteve com o filho em Curitiba a pedido do Hospital de Clínicas (HC) para realizar exames com um possível doador que pudesse ajudar João. Mas o resultado foi de apenas 40% de compatibilidade, para o caso do bombeirinho teria que ser 100%. Eu fiquei decepcionada, não vejo a hora de conseguir logo um doador, não aguento mais ver tanto sofrimento, desabafou.
A mãe informou ainda que depois da campanha, o número de doações no Hemocentro aumentou 40%.
Como doar
Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos que não tenha doença infecciosa transmissível pelo sangue pode doar. É só procurar um Hemocentro mais próximo onde será coletada uma pequena quantidade de sangue (5 ml) e preencher um formulário com dados cadastrais.
Se for verificada compatibilidade com algum paciente cadastrado no Registro de Receptores de Medula Óssea, o doador é, então, convocado para fazer testes confirmatórios e realizar a doação.
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