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Política
Sexta - 13 de Maio de 2011 às 18:50

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Os advogados do ex-ativista de esquerda Cesare Battisti protocolaram na sexta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de relaxamento da prisão do italiano, confirmou à Reuters a equipe de defesa.

O STF havia decidido em 2009 que Battisti deveria ser extraditado, mas deixou a palavra final para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no último dia de seu governo, em 31 de dezembro de 2010, negou a extradição, provocando enorme polêmica e tensões com o governo da Itália.

O ministro do STF Marco Aurélio é o responsável pela análise da petição apresentada pela defesa na sexta-feira, já que o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, está em viagem.

Quando tomou sua decisão, Lula se baseou no parecer da Advocacia Geral da União (AGU), que sugeria que Battisti poderia ser vítima de perseguição política se fosse extraditado para a Itália.

Neste caso, pelo tratado de extradição assinado pelos dois países em 1989, a extradição não deve ser concedida se a parte requerida tiver razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação.

O Supremo Tribunal Federal ainda deve analisar se a decisão de Lula está ou não de acordo com o tratado de extradição.

Battisti foi condenado à revelia por quatro assassinados cometidos na Itália nos anos 1970. Ele nega todos os crimes e diz ser vítima de perseguição política, e o então ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu-lhe status de refugiado em janeiro de 2009.

O italiano cumpre prisão preventiva em Brasília desde 2007.

(Por Maria Carolina Marcello, com reportagem adicional de Bruno Marfinati, em São Paulo)





Fonte: Reuters

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