Agricultura participa de feira em Goiânia
O público de 800 mil pessoas esperado na 66ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás terá a oportunidade de conhecer algumas ações desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Durante os dias 13 a 29 de maio, em Goiânia, o estande institucional do ministério terá a participação da Superintendência Federal de Agricultura no estado e de empresas vinculadas, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, participa da abertura da feira, nesta segunda-feira, 16 de maio, às 10h.
No espaço instalado no parque de exposições da capital goiana, os visitantes terão acesso a informações sobre as previsões de clima e tempo aplicadas à agricultura em geral, à irrigação e ao uso do sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta. Técnicos do Inmet vão orientar produtores locais sobre como usar esse tipo de informação antes do plantio da safra.
Também estarão disponíveis informações sobre a atuação da Conab no programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Pelo programa criado em 2003, a estatal adquire produtos da agricultura familiar ou de suas associações e cooperativas destinados à formação de estoques estratégicos ou à doação a pessoas em situação de insegurança alimentar. O PAA é executado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e os governos locais.
Além disso, funcionários da Superintendência Federal da Agricultura em Goiás vão prestar esclarecimentos sobre o papel do órgão, que é responsável pelas ações de fiscalização de produtos de origem animal e vegetal no estado, entre outros.
Entenda melhor
A 66ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás e a 26ª Exposição Internacional de Animais serão realizadas de 13 a 29 de maio, no parque de Exposições Ludovico Teixeira, em Goiânia. O tema desta edição será “Sustentabilidade, Goiás no caminho certo”.
O evento terá a exposição de cinco mil animais e a participação de 400 empresas de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e insumos agropecuários. A expectativa dos organizadores é fechar R$ 70 milhões em negócios e outros R$ 15 milhões nos 16 leilões programados.
Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta
O sistema Integração-Lavoura-Pecuária Florestal combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, promovendo a recuperação de pastagens em degradação. De acordo com o Ministério da Agricultura, a área utilizada nesse sistema pode ser aumentada em quatro milhões de hectares nos próximos dez anos. Com a técnica, a previsão é que o volume de toneladas de dióxido de carbono (CO2) diminua entre 18 milhões e 22 milhões no período.
Realizada no Brasil há mais de 40 anos, a técnica consiste no cultivo de uma espécie florestal, com espaço ampliado, que possibilita, por dois ou três anos, a adoção de uma cultura de interesse comercial, como soja, milho e feijão. Em seguida, a área é coberta por forrageira (planta para alimentação do gado) associada a milho ou sorgo. Após a colheita dos grãos, o pasto é formado nas “entrelinhas” da floresta cultivada, permitindo a criação de bovinos e sua exploração até o corte da madeira.
A ILPF faz parte do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado no ano passado pelo governo federal, com o propósito de ampliar a eficiência na lavoura ao mesmo tempo em que preserva o meio ambiente. Na safra atual (2010/2011), estão disponíveis R$ 2 bilhões, a juros de 5,5% ao ano e prazo de pagamento de até 12 anos. Além do sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta, os recursos do ABC podem ser utilizados para investimento em outras quatro técnicas incluídas no programa, como plantio direto e fixação biológica de nitrogênio. (Laila Muniz)
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