Viúvas de Bin Laden deram poucas informações, diz funcionário dos EUA
Autoridades norte-americanas no Paquistão já interrogaram as três viúvas do terrorista Osama bin Ladena, mas conseguiram poucas informações novas sobre a permanência do líder da al-Qaeda no Paquistão, disse nesta sexta-feira (13) uma autoridade dos Estados Unidos.
Bin Laden, mentor dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington, morreu numa operação mês contra seu complexo no Paquistão, realizada por uma equipe de forças especiais da Marinha norte-americana em 2 de maio.
As três viúvas estavam no local e agora estão sob custódia de autoridades paquistanesas.
Além de matar o terrorista, os EUA confiscaram o que autoridades norte-americanas descreveram como sendo um tesouro de material de inteligência.
Autoridades agora estão tentando decifrar elementos importantes sobre a vida do líder da al-Qaeda, inclusive como ele chegou a viver na cidade de Abbotabad, no norte do Paquistão, e com quem ele se encontrou antes de sua morte.
Os EUA interrogaram as viúvas de Bin Laden, mas elas ainda não estão sendo particularmente comunicativas disse uma autoridade norte-americana com conhecimento da investigação, sob condição anonimato.
O porta-voz do Pentágono, coronel David Lapan, confirmou que representantes do governo dos EUA conseguiram interrogar as mulheres, mas se negou a especificar que agência as autoridades representavam ou a repassar detalhes.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, também confirmou que os EUA tiveram acesso às viúvas, mas não deu nenhum detalhe sobre os interrogatórios.
Autoridades norte-americanas estão trabalhando junto com o Paquistão para conseguir maior acesso às viúvas.
O Paquistão disse que iria repatriar as três mulheres e suas crianças. Uma é do Iêmen e as outras duas da Arábia Saudita.
O governo paquistanês se irritou por não ter sido informado da operação que matou Bin Laden, e está sob pressão americana para explicar como o líder da al-Qaeda conseguiu viver tão perto da principal academia militar do país.
Sua presença aprofundou as suspeitas de que a agência de espionagem e inteligência do Paquistão pode ter tido laços com Bin Laden e outros membros da al-Qaeda.
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