Comissão quer expulsão; Serys acusa decisão ditatorial
Após 20 anos de militância no Partido dos Trabalhadores (PT), a ex-senadora Serys Slhessarenko corre o risco de ser banida da sigla, já que o parecer da Comissão de Ética foi pela expulsão da petista. A decisão pela eliminação da ex-parlamentar da sigla foi apertada com um placar de 3 a 2 depois de quase 18 horas de reunião.
Indignada, Serys alega que foi vítima de um “julgamento ditatorial”, sem direito a defesa e adiantou que irá recorrer. “Não estou questionando o mérito, mas não é justo eu ser exposta a um julgamento ditatorial sem o direto a defesa. Nós vamos recorrer”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto por telefone. A ex-parlamentar está em um evento em Nova Canaã do Norte e tomou conhecimento da decisão pela imprensa.
Porém, apesar de já pensar em recorrer, o parecer da comissão ainda será encaminhado para o diretório estadual, comandado atualmente pelo deputado federal Ságuas Moraes (PT), ligado ao grupo do ex-deputado Carlos Abicalil (PT). Vale destacar também que o petista tem maioria na Executiva do partido.
Serys foi acusado de infidelidade partidária e sequer chegou apresentar defesa. De acordo com advogado de defesa da ex-senadora e filho, Alexandre Slhessarenko, contou ao Olhar Direto que a convocação para o depoimento foi entregue ao porteiro do prédio da ex-parlamentar em Cuiabá e não chegou às mãos da ex-senadora a tempo de apresentar as justificativas.
Além disso, a Comissão de Ética não ouviu as testemunhas e nem a defesa de Serys, por alegar que os prazos para apresentação das alegações foram perdidos.
A acusação de infidelidade partidária deve-se ao fato de Serys não ter apoiado Abicalil ao Senado durante as eleições de 2010 e ainda ter declarado apoio ao ex-procurador Pedro Taques (PDT), que acabou sendo eleito em detrimento do petista, terceiro colocado na disputa por uma cadeira de senador.
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