A ação, segundo a Polícia Federal, foi deflagrada para desarticular uma quadrilha que seria composta por funcionários públicos e empresários que são suspeitos de fraudar licitações com verbas federais destinadas à saúde, educação e infraestrutura no município.
Foram presos em Ladário, o secretário de Administração e Finanças, a secretária de Educação, a advogada do município, o contador da prefeitura, a coordenadora de Convênios e Projetos e o encarregado do setor de licitações.
No total, foram expedidos pela Justiça, sete mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão em Ladário, Corumbá, Dourados e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e em Maringá, no Paraná, e Barão de Cotegipe, no Rio Grande do Sul.
O cumprimento das ordens judiciais mobilizou 88 policiais federais e 10 técnicos da Controladoria Geral da União (CGU).
Investigação
Conforme a Polícia Federal, a investigação sobre a atuação da quadrilha durou mais de um ano e foi feita em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e a CGU, que apuraram que, somente neste período, houve um prejuízo de mais de meio milhão de reais com as fraudes nas licitações em Ladário.
Conforme a CGU, as investigações tiveram início a partir de denúncias apresentadas ao MPF sobre irregularidades na aquisição de merenda escolar.
A CGU aponta que o aprofundamento das investigações revelou a existência de uma organização criminosa que atuaria na montagem e manipulação de processos licitatórios, mediante a restrição ao caráter competitivo, falsificação de documentos e montagem de licitações, entre outras irregularidades.
O objetivo, de acordo com a CGU, seria favorecer empresas fantasmas e outras com vínculos entre os proprietários e servidores da prefeitura de Ladário, o que propiciaria contratações com sobrepreço e superfaturamento.
Nome da ação
O nome da operação, de acordo com a Polícia Federal, é uma alusão ao administrador financeiro da antiga Roma, o Questor, que era responsável pela coleta de impostos, supervisão do tesouro e da contabilidade do estado.
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