Malta chama senadores de cachaceiros e critica homossexuais

O polêmico senador Magno Malta (PR-ES) teceu neste segunda (16) duras críticas aos colegas de parlamento ao falar sobre o combate ao tráfico de drogas, durante audiência pública realizada na Assembleia. Segundo ele, os senadores querem participar das comissões que discutem soluções para o problema, mas também utilizam drogas, como o álcool. “Eu vejo um monte de senadores que querem participar de comissões contra o crack e enchem o rabo de whisky”, disparou o republicano.

Apesar dele ter vindo a Mato Grosso para falar sobre seu projeto de lei referente à inclusão da disciplina sobre prevenção e combate à violência infanto-juvenil na grade curricular das universidades públicas de Mato Grosso, Malta aproveitou para criticar as leis voltadas aos homossexuais. Segundo ele, respeitar os homossexuais não significa que a população permita seus filhos se transformem em um. “Deus criou o macho e a fêmea, não vai ser o Senado que vai criar outro sexo”, disse o senador, da tribuna.

Sem papas na língua, ele também criticou o projeto da senadora petista Marta Suplicy, institui a homofobia como crime. Para o republicano, a proposta é rígida e desnecessária. Magno ressaltou que a proposta prevê prisão para pessoas que demitam ou não contratem homossexuais. “O negro, o índio e o portador de deficiência não escolheram ser assim, e ninguém vai preso por não os contratarem. Os homossexuais têm essa opção”, afirmou.

O presidente da Assembleia José Riva (PP), por sua vez, endossou a fala de Malta e também se posicionou contrário ao projeto de Marta. “Eu respeito homossexualismo e diversidade sexual, mas daí a criar um outro sexo, eu sou contra”, bradou o progressista. Sobre a proposta da Assembleia para incluir a nova disciplina, Riva ressaltou que a mensagem deve ser aprovada nos próximos dias. “O trabalho está bem adiantado e Malta vem participar de uma discussão que já está no final”.

Magno Malta é membro da Frente Parlamentar Mista da Família, que trata do combate ao uso de drogas, violência doméstica e bullying. Ele frisou reiteradas vezes que a raiz desses problemas está na família, que não educa os filhos. “O problema do Brasil não é a educação, quem educa é o pai e a mãe. Filho mal educado quando vai para a escola, não funciona”, concluiu.