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Agronegócios
Terça - 17 de Maio de 2011 às 07:18
Por: SANDRA SANTHANNA

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Cerca de 90% dos hortifruti que chegam até a Central de Comercialização da Agricultura Familiar José Carlos Guimarães (Ceasa), em Várzea Grande já tem destino certo. As vendas dos produtos são feitas pelas redes cadastradas na Central que somam 300 supermercados e 100 restaurantes, além da merenda escolar.

A princípio, a Ceasa foi criada para atender os 14 municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Vale do Rio Cuiabá, mas como nem todos produzem em grande escala, produtores da agricultura familiar de outras regiões demonstraram interesse em comercializar Frutas, Legumes e Verduras (FLV) na Central, como é o caso de Itanhangá (500 km a Médio-Norte da Capital). O município firmou contrato com uma grande rede de supermercado para produzir em grande escala e comercializar maracujá, abóbora, batata doce e melancia uma vez por semana. A negociação foi intermediada entre a Ceasa e o supermercado Modelo.

O prefeito de Itanhangá, Vanderlei Proenço, comemora a introdução dos produtos na capital mato-grossense. “Este é o primeiro passo em prol do fortalecimento da agricultura familiar do município, que visa qualidade de vida dos produtores, preços justos sem a presença de atravessadores”, revela otimista.

O coordenador da Ceasa, José Alfredo da Costa Marques, conhecido como Netinho, explica que a Central recebe a mercadoria de Acorizal, Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Rosário Oeste, Poconé, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Tangará da Serra e Campo Verde. Agora Itanhangá também entrou no mercado com produção em grande escala. “O produtor é responsável pelo preço do produto. Tudo é bem democrático para ambas as partes, todos saem ganhando. O produtor que vende sua mercadoria num valor justo, sem atravessadores garante ao comprador um produto de qualidade, sem precisar recorrer a outros Estados”, revela Netinho.

O secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, José Domingos Fraga, destaca que a Central representa uma alternativa para solucionar uma das principais dificuldades, que é a comercialização da produção da agricultura familiar. "Estamos estudando formas de viabilizar a Ceasa e torná-la ainda mais forte para que todos saiam ganhando o produtor e consumidor", frisa.

A Central de Comercialização conta com a estrutura de quatro caminhões, sendo dois baús e dois de carroceira. A Ceasa fica localizada numa área de cinco hectares e três mil metros quadrados de área construída.

Mais informações sobre a Central podem ser obtidas pelo telefone 9981-5471.






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