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Agronegócios
Terça - 17 de Maio de 2011 às 09:27

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A Associação Mato-Grossense de Usuários, Familiares e Parceiros da Saúde Mental “Maria da Praça” juntamente com um grupo de usuários e familiares, estão divulgando para  a sociedade a precariedade dos serviços de saúde mental no município de Cuiabá.
O caos na saúde em Cuiabá já é reconhecido em todo o País. O que muitos não sabem – ou não querem saber – é que a situação é igual nas unidades de tratamento de saúde mental.

Hoje existem em Cuiabá cinco  Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS, um deles voltado apenas para o tratamento da dependência de álcool e drogas e um infanto juvenil. São unidades de atendimento ambulatorial mantidas e coordenadas pelo Estado, e os outros 03 pelo município. Estes serviços são tidos como substitutivos à política de internação e  preconizados como política atual do Ministério da Saúde  para implementação da Reforma Psiquiátrica.

Segundo a Associação, os CAPS existentes não conseguem abarcar a demanda existente, pois o critério para a implantação destes serviços é populacional, bem como a caracterização do serviço e o tipo de clientela atendida, ficando, desta forma, o município de Cuiabá bem aquém neste atendimento especializado.

Outro dado importante é que o CAPS é apenas um dos serviços necessários da rede. É preciso que haja ações de saúde mental em toda a rede (policlínicas, PSFs, CEM.) também deficitária.

As queixas e denúncias de usuários e familiares vão desde  as péssimas condições que os profissionais  tem para o  atendimento, falta de itens básicos, como refeições para pacientes, material de limpeza, estrutura física inadequada, falta de manutenção nas casas em que funcionam, falta de transporte para visitas domiciliares, sem contar com a falta de alguns profissionais nas equipes para desenvolverem o trabalho a que o CAPS se propõe.

O trabalho nas Residências Terapêuticas também está dificultado pela falta de manutenção das casas.

Para mostrar esta realidade e lutar contra o preconceito voltado aos portadores de transtornos mentais, está sendo realizada a “Semana de Mobilização pela Efetivação de uma Política Pública de Saúde Mental”. Nesta segunda-feira, às 19 horas, foi realizada a mesa redonda “Papel das Conferências na Construção da Política de Saúde Mental”, no Centro Cultural da UFMT.

Na terça (17), às 14:30, A Associação Matogrossense Maria da Praça, representantes de usuários e familiares dos CAPS, profissionais dos serviços e de ONGs  se reúnem com o Secretário Municipal de Saúde, Antônio Pires, numa audiência solicitada e marcada para apresentar a lista de reivindicações de melhorias nas unidades.

No dia 18, a programação segue com audiência pública, às 8:30, na Câmara Municipal de Vereadores, solicitada pelo vereador Lúdio Cabral, com o título “Gestão em saúde mental, Drogas e Controle Social”. Também no dia 18, às 13 h. os profissionais dos CAPS e ONGs ligadas ao tema participam de uma manifestação na Praça Alencastro em frente à Prefeitura. A organização é do Fórum Intersetorial de Saúde Mental.

O presidente da Associação Maria da Praça, Julhinho, lembra a importância da saúde mental na vida do ser humano. “Se você estiver com sua saúde física em dia, mas não tiver saúde mental, como viverá? Como trabalhará? A pouca atenção à saúde mental é indiretamente responsável por diversos males que afligem nossa sociedade”.

 

 






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