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Política
Terça - 17 de Maio de 2011 às 15:04
Por: BRUNO GARCIA

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MidiaNews
Democrata entende que denúncias devem ser apuradas pelo Tribunal de Contas da União
Democrata entende que denúncias devem ser apuradas pelo Tribunal de Contas da União

As acusações do senador Mário Couto (PSDB/PA) contra o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, na avaliação do senador Jayme Campos (DEM), merecem ser apuradas "a fundo" pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF). As declarações do tucano ganharam repercussão pela contundência: no plenário do Senado, ele chamou Pago de "ladrão" e "bandido". Mais: sugeriu à presidenta Dilma Rousseff (PT) que demitisse o gestor.

"Uma denúncia dessas, por si só, vindo da tribuna do Senado, são merecedoras de uma apuração maior. Ninguém pode desconhecer que são fatos sérios. Agora, cabe aos órgãos fiscalizadores apurarem", declarou Campos.

Ele disse que espera que as denúncias feitas por Mário Couto não parem no discurso. "Espero que não seja apenas uma fala que não dê em nada. Principalmente por parte de um senador da república, que usou a tribuna e falou para todo o Brasil. Espero que os órgãos competentes se aprofundem na matéria", disse.

Quanto os motivos da polêmica entre Couto e Pagot, Jayme Campos preferiu ficar fora. "Esse é um assunto que eu prefiro não comentar. Isso é um assunto entre o senador Mário Couto e o Luiz Antônio Pagot. Esse assunto foi propagado no Brasil inteiro e merece ser averiguado", ressaltou.

"Interpele-me, Pagot"

O senador paraense também desafiou Pagot a acioná-lo judicialmente. "Interpela-me Pagot, que vou à Justiça prestar depoimento e quero ver você provar que estou mentindo. Ninguém pode mentir no Senado, porque pode perder até o mandato", desafiou o tucano, na tribuna do Senado.

Mário Couto afirmou que irá, novamente, trabalhar pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). De acordo com ele, o órgão é o "que mais rouba" no país. Esta será a terceira tentativa de instaurar a comissão para investigar o departamento.

Questão pessoal

O senador Blairo Maggi (PR), que possui uma relação estreita com Luiz Pagot, avaliou que as declarações feitas por Mário Couto não passam de acusações levianas, inclusive, de cunho pessoal. "Isso não é denúncia. Isso é uma declaração de um cidadão, que resolveu pegar no pé do Pagot, desde quando ele chegou à direção do Dnit", analisou.

Maggi relatou que Mário Couto, frequentemente, vem utilizando seus discursos na tribuna para fazer críticas contra Pagot, demonstrando a motivação pessoal nos pronunciamentos. "Não sei exatamente qual o motivo, mas é pessoal. É um senador bastante polêmico, que faz uma oposição raivosa e não mede muito as palavras. Um negócio meio esquisito", palpitou Maggi.

O republicano afirmou que os pronunciamentos de Mário Couto não se propagam entre os senadores. "Lá no Senado, simplesmente, não tem repercussão. Mário Couto vira e mexe está fazendo esse tipo de acusação e declaração. Ele é muito árduo, uma pessoa eloquente na conversa, mas com conversas ásperas", declarou.

A respeito da abertura de uma CPI para investigar o Dnit, Blairo Maggi avaliou que Mário Couto não tem respaldo no Senado para abrir a Comissão. "Ele [Mario] já tentou abrir a CPI contra o Dnit, mas acho que não tem as assinaturas, pois se tivesse já teria sido criado. Se tem acusações, faça uma denúncia formal ao Ministério Público ou Polícia Federal. Agora, ele só fala e não toma nenhuma atitude", destacou.

Nem lá, nem cá

O senador Pedro Taques (PDT) declarou, via assessoria de imprensa, que não irá se posicionar sobre o caso, nem acusando Pagot, nem o defendendo. Ele destacou que o senador Mário Couto terá que sustentar todas as denúncias feitas em plenário.






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