Ele esclareceu também que é um mito que os indivíduos conseguem suportar até três infartos, já que muitos morrem no primeiro.
Ghorayeb explicou que, até 20 anos atrás, 50% dos pacientes de infarto morriam nos dois primeiros dias. Hoje são 8% a 10%. E a falta de atividade física é uma das causas de doenças cardíacas, mas não a única. Obesidade, pressão alta e diabetes também são fatores de risco.
Quando a pessoa não sente mais nada e já fez tratamento, acaba relaxando e esquecendo que a causa do infarto ainda não está resolvida. A cirurgia serve apenas para uma ação corretiva, mas não elimina as causas da obstrução das artérias, provocada por acúmulo de gordura, falta de exercícios, alimentação errada, hipertensão e tabagismo.
Quem tem problemas cardíacos, como pressão alta ou já infartou, deve ir ao médico três vezes por ano ou pelo menos a cada seis meses. Também não se pode interromper uma medicação antes de conversar com o especialista.
Segundo o médico, deve-se controlar a alimentação e evitar excessos, mas sem proibições. Caso o indivíduo seja diabético, a história é outra, e não se podem abrir exceções. O fator emocional, como estresse e ansiedade, muitas vezes é a gota d’água para problemas cardíacos, capaz de levar a infartos e derrames cerebrais.
Ghorayeb também disse que angina é a pressão ou dor no peito que dura alguns minutos e aparece ao fazer exercícios ou ficar nervoso. Já o infarto é uma versão mais prolongada da angina e pode ser precedido por ela.
Infarto antes dos 60 anos pode apresentar um componente genético, que deve ser levado em conta apenas quando pais ou irmãos tiveram o problema.
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