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Cidades
Quarta - 18 de Maio de 2011 às 07:55
Por: Welington Sabino

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A cidade de Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá) corre o risco de ficar sem alguns medicamentos como por exemplo, soro utilizado em sessões de homidiálise. A causa é o suposto envolvimento da empresa Sulmedi Comércio de Produtos Hospitalares, que fornece produtos hospitalares para a saúde municipal, num esquema de fraudes de licitações públicas e desvios de verbas destinadas pelo governo Federal para a compra de medicamentos que seriam distribuídos ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica. Ela é investigada na Operação Saúde, deflagrada esta semana pela Polícia Federal, em Mato Grosso e outros 5 estados.

Diante do impasse, o secretário municipal, Valdecir Feltrin, já cogita a possibilidade de tentar uma compra direta, ou seja, com a dispensa de todo o processo burocrático, como licitações que escolhem qual empresa fornece o produto. Durante entrevista coletiva nesta terça-feira, Feltrin disse estar preocupado por não saber se a Sulmedi vai ou não, continuar fornecendo produtos para o Município. A empresa não é a única fornecedoras de insumos hospitalares para Rondonópolis, entretanto é investigada por ter ganhado todas as licitações nos últimos dois anos para venda de mais de 8 mil itens.

Um dos fatos investigados, é a antecipação de antibióticos antes que fosse concluído todo o processo de liberação pela prefeitura de Rondonópolis. O fato ocorreu em março de 2010, mas de acordo com Feltrin, a antecipação se deu porque o medicamento estava em falta no Pronto Atendimento (PA). E como já havia ganhado a licitação, a Sulmedi entregou os antibióticos sem cumprir o prazo estabelecido no certame. Ainda segundo secretário, o fato não teria gerado prejuízos para a administração pública e não gerou nenhum processo administrativo.

Entretanto, desta vez, ela é alvo da operação deflagrada pela PF. O secretário conseguiu levantar junto a PF, que 30 pessoas da empresa foram presos em diversas cidades onde ela atua. Na operação foram cumpridos mandados em Mato Grosso e mais 5 estados e culminou na prisão de 58 pessoas, entre elas, sócios e representantes de empresas, além de servidores municipais e 12 secretários municipais. (Colaborou Kalinka Meirelles, repórter da TV Cidade, da Record em Rondonópolis)






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