Abicalil nega que PT tenha feito um julgamento sumário de Serys
Mesmo afastado da direção do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso por orientação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que recomenda a desvinculação de agentes públicos em cargos político-partidários, o ex-deputado federal Carlos Abicalil defende a continuidade do processo de expulsão da ex-senadora Serys Slhessarenko dos quadros do PT estadual.
Ao contestar algumas notícias divulgadas no final de semana que dão a expulsão de Serys do PT como certa, Carlos Abicalil esclarece que Comissão de Ética do partido apenas aprovou um parecer, cabendo a decisão final ao diretório estadual.
“A decisão sobre a expulsão cabe ao diretório estadual do partido. O processo deve ser concluído. No PT não tem julgamento sumário. Eu defendo a instância partidária. Quem decide é o diretório, que vai se reunir no próximo dia 28”, afirmou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.
Questionado sobre um possível processo de expulsão movido por Serys contra ele e ao deputado estadual Alexandre Cesar, o ex-deputado federal afirma não ter nenhuma preocupação com relação a isso.
“Não sou parte do processo. O diretório é que é encarregado de decidir sobre a expulsão. Esta é uma tarefa da qual eu estou afastado por decisão pessoal e por orientação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República e por isso mesmo, antes de vir para o MEC, antes de ser nomeado, eu me afastei da direção partidária”, reafirmo Abicalil, que assumiu nesta terça-feira (17) a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação (MEC).
Serys enfrenta processo de expulsão por ter apoiado Mauro Mendes (PSB) para a disputa do Governo do Estado em resposta à disputa interna travada com Abicalil para a disputa interna pela candidatura ao Senado. Abicalil venceu a disputa interna, nas saiu derrotado, nas urnas, gerando uma das maiores crises da história do PT de Mato Grosso.
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