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Política
Quarta - 18 de Maio de 2011 às 11:52
Por: Gabriel Mestieri

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As bancadas do PSOL na Câmara e no Senado decidiram entrar com mais uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar, a oitava a qual ele responde no Congresso: são seis na Câmara e um na procuradoria do Senado. Em nota, o PSOL informou que vai entrar com mais um pedido nesta quarta-feira (18) no Conselho de Ética para que abra processo contra o deputado por quebra de decoro parlamentar por causa de um bate-boca que ele teve com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) na última quinta-feira.

Após o adiamento da votação de uma lei que criminaliza a homofobia no Senado, Bolsonaro e Marinor chegaram à beira de um confronto físico nos corredores do Senado. O desentendimento começou quando a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), dava entrevista à imprensa. Atrás dela, Bolsonaro exibia para as câmeras um panfleto contra um plano de promoção da cidadania e dos direitos humanos da comunidade LGBT.

Nervosa e aos gritos, Marinor começou a bater no panfleto, enquanto Marta saía de cena. Bolsonaro respondia com provocações, dizendo “vai me bater, vai me bater?”. A senadora, ainda nervosa, disse que o deputado estava usando dinheiro público para bancar o panfleto, que, segundo ela, promove a homofobia.

De acordo com a nota do PSOL, Bolsonaro “ofendeu moralmente” a senadora, o que motivou a representação. Além disso, diz a nota, “o deputado tem, em pronunciamentos na Câmara e declarações à imprensa, propagado o preconceito e a violência contra a comunidade LGBT”.

Essa será a oitava representação da qual Bolsonaro será alvo no Congresso. Na Câmara, seis pedidos de investigação foram feitos por deputados, pela OAB-RJ, pelo ouvidor da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, após uma entrevista de Bolsonaro ao programa CQC. 

Em resposta a uma pergunta sobre o que faria se seu filho apaixonasse por uma mulher negra, Bolsonaro respondeu “que não iria discutir promiscuidade”. Posteriormente, ele afirmou que não havia entendido a pergunta.

Além dessas seis representações pelo episódio da entrevista, a própria senadora Marinor entrou com um pedido na Procuradoria do Senado, pedindo a instalação de processo disciplinar contra o deputado, alegando que ele feriu o decoro parlamentar ao bater boca com ela.




Fonte: Do R7

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