O inquérito que apura o caso foi aberto pela ministra Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corre sob sigilo. O desembargador Evandro Stábile, ex-presidente do TRE, é um dos magistrados tido como centro do esquema no inquérito judicial, assim como o juiz-membro da Corte, Eduardo Jacob, com quem mantinha forte ligação, conforme aponta as investigações. O desembargador José Luiz de Carvalho e o juiz Círio Miotto, também foram citados no inquérito.
A operação investigava a prática de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha para venda de sentença. As investigações tiveram início em 2007, quando a Polícia Federal de Goiás detectou por meio de escutas telefônicas situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.
O escândalo gerou grande crise e trouxe à tona a fragilidade do Poder Judiciário estadual que já tinha aposentado compulsoriamente três meses antes, 10 magistrados por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suposto desvio de recursos do Tribunal.
A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com o desembargador Evandro Stábile, no entanto, o magistrado preferiu não comentar sobre o caso. O ex-presidente do TRE-MT assim como os outros suspeitos aguardam julgamento de liminares para retornar às funções. Mas os pedidos têm sido negados constantemente.
Nesta terça-feira (17), o ministro do STJ, João Otávio Noronha, extinguiu sem julgamento de mérito o mandado de segurança proposto pela defesa do desembargador José Luiz de Carvalho. Entre os argumentos sustentados pela defesa dos quatro envolvidos estão as alegações de que o afastamento teria sido ilegal e de que já excedeu o prazo judicial.
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