Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Política
Quarta - 18 de Maio de 2011 às 14:00
Por: Kelly Martins

    Imprimir


Dois desembargadores e dois juízes de Mato Grosso permanecem afastados cautelarmente dos cargos por suspeita de venda de sentença no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) e no Tribunal de Justiça (TJMT). As investigações culminaram na operação Asafe da Polícia Federal, que completa um ano nesta quarta-feira (18), e levou nove envolvidos no esquema para a prisão, em 18 de maio de 2010. Entre os presos estavam advogados e lobistas que foram soltos após uma semana em prisão temporária.

O inquérito que apura o caso foi aberto pela ministra Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corre sob sigilo. O desembargador Evandro Stábile, ex-presidente do TRE, é um dos magistrados tido como centro do esquema no inquérito judicial, assim como o juiz-membro da Corte, Eduardo Jacob, com quem mantinha forte ligação, conforme aponta as investigações. O desembargador José Luiz de Carvalho e o juiz Círio Miotto, também foram citados no inquérito.

A operação investigava a prática de exploração de prestígio, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha para venda de sentença. As investigações tiveram início em 2007, quando a Polícia Federal de Goiás detectou por meio de escutas telefônicas situações que envolviam possível exploração de prestígio em Mato Grosso.

O escândalo gerou grande crise e trouxe à tona a fragilidade do Poder Judiciário estadual que já tinha aposentado compulsoriamente três meses antes, 10 magistrados por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suposto desvio de recursos do Tribunal.

A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com o desembargador Evandro Stábile, no entanto, o magistrado preferiu não comentar sobre o caso. O ex-presidente do TRE-MT assim como os outros suspeitos aguardam julgamento de liminares para retornar às funções. Mas os pedidos têm sido negados constantemente.

Nesta terça-feira (17), o ministro do STJ, João Otávio Noronha, extinguiu sem julgamento de mérito o mandado de segurança proposto pela defesa do desembargador José Luiz de Carvalho. Entre os argumentos sustentados pela defesa dos quatro envolvidos estão as alegações de que o afastamento teria sido ilegal e de que já excedeu o prazo judicial.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/64961/visualizar/