Papelão foi do STF, diz Daltinho

Adalto de Freitas (PMDB), o Daltinho, toma posse como deputado na vaga do licenciado Baiano Filho (PMDB) nesta terça (18). O ato marca a volta do parlamentar que desde o início do ano se articula para legislar. Quarto suplente da coligação PMDB, PR e PT, ele chegou a atuar na vaga de Teté Bezerra, secretária de Desenvolvimento de Turismo, após “derrubar” Emanuel Pinheiro (PR).

Na época, Daltinho conseguiu uma liminar na Justiça com base no então entendimento do STF de que no caso de licenças, deveria ser chamado o suplente do partido e não da coligação. A liminar fez com que Emanuel ficasse sem a cadeira, obrigando o PR a fazer novo rodízio. Mauro Savi pediu licença e beneficiou o secretário-geral da legenda. “O guardião das leis se metendo onde não deve e quando se mete, ainda muda. Nossa corte precisa se explicar”, reclama.

Acontece que tempos depois, o próprio STF decidiu que o substituto deve ser da coligação, causando reviravoltas em todo o país. Em Mato Grosso, Emanuel voltou a atuar na cadeira de Teté e o petista Alexandre César substituí Savi. Diante da situação, Baiano também se licenciou para que Daltinho volte a legislar. “Quem fez um papelão foi o STF. Disseram uma coisa e depois mudaram de ideia”, reage. Apesar da queda-de-braço com Emanuel, Daltinho garante que a relação entre os dois é excelente.

Ele frisa que respeita o republicano e que só ingressou na Justiça para atuar na Assembleia por entender que precisa ajudar a região do Araguaia, onde possui base eleitoral. “Não poderia ser omisso, mesmo que fosse o meu irmão eu entraria com o pedido”, ressalta.

O peemedebista reclama ainda da instabilidade de sua presença na Assembleia. Segundo ele, para conseguir legislar ele depende da “boa vontade” dos colegas. “Preciso ainda ter afinidade com todos”. Mesmo assim, Daltinho garante ser atuante no parlamento. “Quero ocupar meu espaço de forma produtiva”.