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Política
Quinta - 19 de Maio de 2011 às 16:43
Por: Laura Nabuco

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Depois de Várzea Grande, a preocupação do PR se voltou para a instabilidade administrativa em Tangará da Serra. O temor do secretário-geral da legenda, deputado estadual Emanuel Pinheiro, é que as crises envolvendo os prefeitos Murilo Domingos e Júlio César Ladeia possam "respingar" na imagem dos demais chefes do Executivo eleitos pelo partido. "Não queremos que isso sirva como pré-julgamento para os outros prefeitos republicanos", ressalta. Ladeia foi afastado de suas funções sob acusação de improbidade administrativa na última segunda (16).

Ele é alvo de uma Comissão Especial de Inquérito instaurada pela Câmara para investigar denúncias de desvio de verbas federais, superfaturamento e fracionamento de licitações. Esta não foi a primeira vez que os vereadores tentaram tirá-lo do poder. Há cerca de um mês o Legislativo chegou a votar o afastamento de Ladeia, que era acusado de desviar recursos da Saúde, mas a maioria dos vereadores se manifesou para que ele permanecesse à frente do município.

A trajetória do prefeito de Tangará é parecida com a de Murilo. Antes de ser afastado da Prefeitura de Várzea Grande, no início de março, o republicano já havia sido alvo de inúmeras denúncias feitas, principalmente, pelo ex-procurador da cidade, Antônio Carlos Kersting Roque, e pelo ex-secretário de Governo, Garcez Toledo Pizza. Todas as acusações, no entanto, acabaram arquivadas pela Câmara, sob o argumento de que eram infundadas. Roque e Pizza chegaram a impetrar um mandado de segurança para obrigar os vereadores a ler o conteúdo de suas representações em plenário.

Para Emanuel, os problemas envolvendo Murilo e Ladeia têm natureza política, mas acabaram refletindo no trabalho deles à frente das cidades. "Os dois estão no segundo mandato, fizeram uma boa administração, por isso foram reeleitos", pontua. Apesar de sair em defesa dos dois, o secretário-geral alega que Ladeia nunca procurou a Executiva Regional do PR para solicitar auxílio, por isso ele não estaria informado sobre o teor das denúncias que pesam contra o prefeito.

Emanuel, que se envolveu diretamente nos escândalos de Murilo e foi alvo de cobranças por parte da imprensa e da sociedade, que queria uma solução para o problema de Várzea Grande, desta vez prefere se resguardar. Ele se limita a afirmar que o caso de Tagará será acompanhado pelo colega de Parlamento e legenda Wagner Ramos, que tem base eleitoral no município.
 





Fonte: RD News

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