Ele passou em concurso e foi impedido de tomar posse. Indígena não tinha dinheiro para retirar o diploma que é pago.
Xavante consegue na Justiça direito de atuar como professor em MT

José Roberto passou no concurso público na modalidade educação indígena em 2006. Ele foi aprovado e ficou classificado em 35º lugar, mas, até hoje não conseguiu tomar posse do cargo.

Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), José Roberto apresentou, em vez do diploma, o certificado de conclusão do curso de Licenciatura Plena em História, pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o que não foi aceito sob o fundamento de o diploma ser indispensável.

Ele procurou então a Fundação Nacional do Índio (Funai), que pagou para que ele pudesse retirar o diploma, mas, o documento não foi expedido a tempo por conta de uma greve dos servidores que acontecia na UFMT.

De acordo com o relator do recurso, o juiz substituto Antônio Horácio da Silva Neto, os documentos juntados por José Roberto garantem as condições para a posse. O juiz acrescentou ainda que, em relação ao diploma, o indígena não o tinha em mãos no momento da posse por falta de condições financeiras para arcar com as taxas cobradas.

O magistrado sustentou ainda que o indígena não pode ser responsabilizado pela emissão do diploma, que depende exclusivamente da instituição de ensino superior. Com isso, José Roberto Pewatõ’a deve tomar posse de seu cargo de professor.