Empresa de Palocci diz que desconhece suspeita de Coaf em negócio
"Em nenhum momento a Projeto recebeu qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa", afirma texto produzido pela empresa de comunicação FSB, contratada para conter a crise desencadeada pela evolução patrimonial do ministro.
A nota afirma ainda que as atividades da empresa foram feitas "estritamente dentro do marco legal, respeitando limites éticos e exigências de informação por parte dos órgãos de controle".
De acordo com reportagem de "O Estado de S. Paulo", há cerca de seis meses, o Coaf, órgão do Ministério da Fazenda, enviou para a Polícia Federal comunicado de que a empresa do ministro fez uma operação suspeita na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que há "muita especulação" sobre o caso. "Não há nenhuma investigação da Polícia Federal sobre o ministro Palocci nem sobre sua empresa", afirmou Cardozo, em uma audiência pública na Câmara.
A Folha revelou no último domingo (15) que o ministro multiplicou por 20 seu patrimônio entre 2006 e 2010.
No período, ele adquiriu dois imóveis pela Projeto --um apartamento de luxo em São Paulo no valor de R$ 6,6 milhões e um escritório na mesma cidade por R$ 882 mil.
Em mensagem enviada na terça-feira a deputados e senadores, a Casa Civil justificou o aumento do patrimônio lembrando ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central que se tornaram "banqueiros" e "consultores de prestígio" depois de passar pelo governo.
A mensagem dizia que nada impedia Palocci de manter a consultoria durante seu mandato de deputado.
Leia a íntegra da nota:
"Diante de matéria publicada hoje pelo jornal "O Estado de São Paulo", a Projeto gostaria de esclarecer que:
1 - Todas as atividades da Projeto foram realizadas estritamente dentro do marco legal, respeitando limites éticos e exigências de informação por parte dos órgãos de controle.
2 - Em nenhum momento a Projeto recebeu qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa."
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