Strauss-Kahn terá de ficar em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico e sob supervisão de um guarda armado, que será pago com o dinheiro da defesa. As condições foram propostas pelos próprios advogados do francês.
A promotoria argumentou ao juiz que havia provas "suficientemente sólidas" para o indiciamento e disse ser contra a libertação de Strauss-Kahn mediante fiança.
O indiciamento significa que foram feitas acusações formais ao francês e que o caso pode ir a julgamento se Strauss-Kahn, de 62 anos, se declarar inocente.
Ele não fez isso ainda, mas deveria fazê-lo, segundo seus advogados de defesa.
Anne Sinclair, mulher de Dominique Strauss-Kahn, chega ao tribunal nesta quinta-feira (19) em Manhatan para acompanhar audiência; ela estava acompanhada por uma das filhas adultas do francês (Foto: AP)
Strauss-Kahn renunciou a seu cargo no Fundo Monetário Internacional na véspera, após ter sido acusado de tentar estuprar uma mulher de 32 anos em um hotel Sofitel no sábado passado. Desde então, ele está sob custódia das autoridades americanas.
"Imensa tristeza"
Em comunicado, o FMI anunciou que Strauss-Kahn apresentou sua renúncia esta noite perante o diretório da instituição financeira.
“É com imensa tristeza que me sinto obrigado a apresentar ao Conselho Administrativo minha renúncia ao posto de diretor-gerente do FMI”, disse Strauss-Kahn, em comunicado. “Quero dizer que nego com a maior veemência todas as acusações que foram feitas contra mim”, disse.
O FMI informou que, em breve, irá iniciar um processo de seleção para substituir Strauss-Kahn. Enquanto isso, John Lipsky, número dois na hierarquia, assumirá interinamente o comando da entidade.
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